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Freira tortura e abusa de 10 idosos até matá-los em asilo e dá justificativa bizarra à polícia

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil

O crime aconteceu em Divinópolis (MG) - Imagem: Freepik
O crime aconteceu em Divinópolis (MG) - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 14/02/2023, às 15h32


O Ministério Público de Minas Gerais denunciou a freira Adelaide Dantas pela morte de dez idosos no asilo conhecido como Vila Vicentina, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, a 124 km de Belo Horizonte.

De acordo com a Record TV, os crimes aconteceram em 2021. A religiosa também foi denunciada pelos crimes de tortura, falsidade ideológica, exercício ilegal da medicina e maus-tratos.

O caso foi revelado em abril de 2020, quando funcionários do asilo denunciaram os casos de violência contra os moradores. No inquérito finalizado pela Polícia Civil, em janeiro de 2023, foram apontados episódios de violência contra 58 vítimas. No entanto, destas pessoas, dez morreram por falta de assistência médica e omissão de socorro.

Além de Adelaide Dantas, oito funcionários do asilo foram denunciados por terem violentado, ameaçado e submetido a intensos sofrimentos físicos e mentais os idosos, que estiveram no asilo entre o período de 2015 e 2022.

A polícia informou também que outros seis funcionários foram denunciados por terem se omitido diante das torturas provocadas pelos colegas.

A denúncia do Ministério Público explicou que o quadro de funcionários era bastante reduzido, e as vítimas eram mantidas em um espaço pouco higiênico, com poucos alimentos e sem os cuidados básicos. Os idosos considerados “trabalhosos” eram submetidos ao castigo de viver trancados em locais com grades e cadeados, sem poder sair nem para comer, muito menos fazer as necessidades básicas.

No entanto, o Ministério Público não solicitou a prisão de nenhum dos envolvidos. Segundo a promotora, o pedido trataria de “medida de exceção”, devendo ocorrer apenas em situações específicas.

Mesmo assim, a promotora Graziela Rodrigues solicitou que os denunciados sejam impedidos de se aproximar das vítimas e familiares, que não possam sair da cidade e que compareçam ao juiz a cada dois meses.

Para a sobrevivência dos internos, durante a investigação, a freira responsável foi afastada, e outros representantes assumiram a coordenação.

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