A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso
Mateus Omena Publicado em 02/08/2022, às 18h18
Uma família ficou chocada durante o sepultamento de um bebê ao abrir o caixão e encontrar serragem ao invés do corpo da criança. O episódio aconteceu no último sábado (30), em Imbaú, no interior do Paraná.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que começou a colher depoimentos nesta terça-feira (2). A unidade hospitalar que entregou o caixão aos pais deve prestar esclarecimentos às autoridades.
As imagens foram registradas pela tia do bebê quando ela e a avó, na presença do serviço funerário, abriram um saco branco entregue pelo hospital. Indignada, a mulher compartilhou o vídeo nas redes sociais.
Olha o absurdo, bb nasceu morto, funeraria mandou pra familia o caixão, eles desconfiaram, abriram o caixão, e olha o que encontraram... Tráfico de órgãos? 🤔
— Maria P (@damadanoite14) August 2, 2022
Tem q investigar, não pode ficar impune! O que fizeram com o corpo do bebê?
Aconteceu no Paraná / Campos Gerais. pic.twitter.com/xCAeu2SynI
De acordo com a família, a mãe estava com 24 semanas de gestação quando teve complicações, fato que teria causado a morte do bebê. Devido a isso, ela precisou ser submetida ao parto, que ocorreu no Hospital Geral da Unimed de Ponta Grossa.
Débora Santos, advogada e tia da mãe da criança, explicou que a sobrinha chegou a ver o bebê natimorto assim que ele nasceu.
Pouco depois, o hospital entrou em contato para saber se a família gostaria de fazer o sepultamento, e foi combinado para fazer a retirada do caixão às 11h de sábado (30) na unidade.
A avó paterna se responsabilizou por organizar o enterro, já que os pais da criança estavam bastante abalados. Ela foi até o hospital com a equipe da funerária de Imbaú e havia um pacote lacrado com o caixão.
“O pessoal da funerária ainda perguntou se queriam que abrisse o pacote ali, mas ela [avó] disse que não, pois abriria junto com os pais”, afirmou.
Ao abrir o pacote para começar o velório, a família descobriu que havia só serragem. Diante da situação, a avó paterna do bebê ligou para Débora para contar sobre o ocorrido e pedir ajuda.
“Eu fui para a Unimed, e meu sobrinho já estava lá esperando a notícia do nenê. Sei que depois de uma hora de espera, eles levaram até o necrotério e lá estava o corpinho. Eles simplesmente queriam liberar o corpo como se nada tivesse acontecido”, relatou.
Em seguida, a Polícia Civil foi chamada ao local para resolver a situação.
Nesta terça-feira (2), os investigadores começaram a ouvir testemunhas e familiares no inquérito aberto para apurar o caso. A tia, a avó e também o serviço funerário já prestaram depoimento.
De acordo com o delegado, durante a tarde, a polícia vai ouvir também representantes do Hospital Geral da Unimed sobre o caso.
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