O caso está sendo investigado pela Polícia Civil
Mateus Omena Publicado em 17/11/2022, às 13h30
Um major do Corpo de Bombeiros foi encontrado morto após desaparecer sob suspeita de ter sido sequestrado por traficantes. A barbaridade aconteceu no final da tarde da última quarta-feira (16), no Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Civil e os Bombeiros, Wagner Luiz Melo Bonin, de 42 anos, sumiu logo depois de ser flagrado fotografando barricadas montadas por um grupo criminoso na região onde mora, no bairro de São Mateus, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
O carro da vítima foi encontrado na região pelas autoridades que, em seguida, localizaram o corpo carbonizado. O reconhecimento foi feito nesta quinta-feira (17), por impressões digitais. Os Bombeiros confirmaram que se tratava de Bonin. A corporação classificou o caso como “assassinato”.
A Polícia Civil também informou que, dias antes do sequestro, havia recebido fotos por Bonin, com imagens de uma barricada que teria sido montada por criminosos do Comando Vermelho, que controlam o bairro em que ele mora. Algum integrante da facção criminosa teria visto o homem fotografando os bloqueios e isso teria motivado seu sequestro, como uma forma de retaliação.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o major saiu de casa em seu veículo para comprar peças de carro. Durante a noite, eles receberam a informação de um corpo carbonizado dentro de um carro na Pavuna, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.
Quando os militares chegaram no local, constaram que a placa do veículo era a mesma do carro usado por Bonin.
O major fazia parte do Grupamento de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros e, em 2019, chegou a ser condecorado por atuar na tragédia de Brumadinho. Ele atuou na ocasião como capitão, na área de resgate das vítimas.
"Não dá pra mensurar a dor que a nossa família está sentindo nesse momento. Estou horrorizada com a violência nessa cidade dita 'maravilhosa'. Uma pessoa maravilhosa que foi tirada de nós, de forma tão terrível", publicou uma prima da vítima, no Facebook.
No Twitter, o comandante do Corpo de Bombeiros, Leandro Monteiro, publicou uma mensagem tratando o caso como um assassinato, antes mesmo do reconhecimento do corpo.
"Infelizmente marginais covardes acabaram de assassinar o major Wagner Bonin em São João de Meriti. Confio na @PCERJ e na @PMERJ . Não mediremos esforços para prender esses assassinos. Nem um passo daremos atrás. Salvamos vidas, mas não aceitaremos perder para vagabundos", criticou.
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