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Crueldade

Trio rouba casa de família e queima as vítimas vivas por ‘maldade’ em SP

Segundo o Ministério Público, somadas, as penas dos envolvidos chegam a 192 anos de prisão

Anaflávia Martins Gonçalves, Carina Ramos de Abreu e Guilherme Ramos da Silva - Imagem: reprodução/TV Globo
Anaflávia Martins Gonçalves, Carina Ramos de Abreu e Guilherme Ramos da Silva - Imagem: reprodução/TV Globo

Mateus Omena Publicado em 14/06/2023, às 12h16


A Justiça condenou três pessoas a prisão em regime fechado, após serem acusadas de roubar, matar e queimar uma família.

O crime aconteceu aconteceu em janeiro de 2020, em Santo André, no ABC Paulista, informou a TV Globo.

Somadas, as penas chegam a 192 anos de prisão. A sentença foi divulgada durante a madrugada desta quarta-feira (14).

Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, e do filho deles, o estudante Juan Victor Gonçalves, de 15, foram assassinados.

A filha do casal, Anaflávia Martins Gonçalves, e a então namorada dela, Carina Ramos de Abreu, foram acusadas de envolvimento no crime. Ambas foram condenadas.

No entanto, a suspeita não foi condenada pelo assassinato do irmão, somente dos pais. A decisão revoltou a avó da jovem, que esperava que a neta recebesse uma condenação maior.

De acordo com os investigadores, cinco pessoas foram acusadas pelo Ministério Público de roubo, homicídio doloso qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas), ocultação de cadáver e associação criminosa.

Nesta quarta-feira (7), a Justiça sentenciou somente três acusados. Além de Anaflávia e Carina, Guilherme Ramos da Silva também foi condenado por participar dos assassinatos. Os outros dois réus acusados no caso, os irmãos Juliano e Jonathan Ramos, serão julgados em agosto.

Entenda o caso

As imagens feitas por câmeras de segurança gravaram os cinco réus entrando e saindo da residência onde as três vítimas moravam, num condomínio fechado de casas em Santo André. O casal e o filho foram mortos no local em 27 de janeiro de 2020, com golpes na cabeça.

Os corpos das vítimas só foram encontrados no dia seguinte, carbonizados, dentro do carro família, numa área de mata em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André.

Segundo o Ministério Público, três homens armados (Juliano, Jonathan e Guilherme) entraram no imóvel com a ajuda de Anaflávia e Carina.

Os cinco queriam roubar R$ 85 mil que estariam num cofre, mas como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences das vítimas e matá-las.

"As rés Ana Flávia e Carina agiram por cobiça, pretendendo alcançar o patrimônio das vítimas. Quanto aos acusados Jonathan, Juliano e Guilherme, a prova oral indica que agiram mediante promessa de recompensa", escreveu o juiz Lucas na decisão de 2021, que levou os acusados a júri.

Em depoimento, os criminosos confessaram o envolvimento no assalto, mas durante a reconstituição do caso, eles divergiram sobre quem matou a família e colocou fogo no carro.

Anaflávia e Carina acusam Juliano e Jonathan de matar a família e explodir o veículo em que as vítimas estavam.

No entanto, Juliano e Jonathan acusam Carina de matar os empresários e o adolescente e, depois, queimá-los.

Guilherme, vizinho dos irmãos Ramos, acusa Juliano de querer assassinar o casal e o filho. Guilherme teria participado mais diretamente do roubo, e não dos assassinatos, segundo sua defesa.

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