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Feminicídio

São Paulo enfrenta epidemia de violência com aumento recorde de casos de feminicídio em 2023

Estado teve 221 casos de feminicídio no último ano, o mais alto desde que os dados começaram a ser divulgados separadamente em 2018

Feminicídio. - Imagem: Reprodução | Freepik
Feminicídio. - Imagem: Reprodução | Freepik

Marina Milani Publicado em 31/01/2024, às 08h26


O estado de São Paulo enfrenta um cenário alarmante com o registro de 221 casos de feminicídios em 2023, marcando o maior número desde 2018, quando os dados passaram a ser divulgados de forma separada das estatísticas gerais de homicídios. Os feminicídios são classificados como assassinatos nos quais as motivações estão relacionadas à condição de ser mulher, abrangendo situações de violência doméstica ou motivadas por misoginia.

Comparativamente, em 2022 foram contabilizados 195 casos, enquanto em 2021 foram registrados 140. O aumento significativo acende alerta sobre a necessidade de ações efetivas para combater essa forma de violência de gênero.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) tem enfatizado a análise da dinâmica desses crimes. Segundo a SSP, em 83,2% dos casos registrados em 2023, as vítimas haviam sofrido violência doméstica anteriormente. Além disso, 56,1% das ocorrências envolviam relações afetivas com o agressor, enquanto em 39,3% dos casos havia uma ligação familiar ou de amizade.

Entre as ações implementadas para combater a violência contra as mulheres, destaca-se o projeto da SSP que busca monitorar agressores por meio de tornozeleiras eletrônicas após serem soltos em audiências de custódia. Desde setembro até 24 de janeiro, 167 agressores foram equipados com tornozeleiras eletrônicas. Dentre eles, 74 estavam relacionados a casos de violência doméstica, resultando em 9 prisões por violações à ordem de distância.

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