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Lavagem cerebral

Preso sofre 'lavagem cerebral' do PCC e morre depois de ato desesperador

O homem teria recebido diversas ameaças de integrantes da facção criminosa

Preso sofre 'lavagem cerebral' do PCC e morre depois de ato desesperador - Imagem: reprodução
Preso sofre 'lavagem cerebral' do PCC e morre depois de ato desesperador - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 06/03/2023, às 10h56


Edilson Santos Gomes, de 50 anos, preso da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, forte reduto do PCC (Primeiro Comando da Capital), no interior de São Paulo, morreu no último dia 23 vítima de um ataque silencioso.

Em 2004, Edilson escreveu uma carta ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a transferência para a penitenciária do interior paulista, pois não se identificava com qualquer facção criminosa, mas o fato de ser apontado como integrante do PCC lhe trazia aborrecimentos.

O preso morreu dias depois de ter ateado fogo na própria cela, onde permanecia isolado após receber inúmeras ameaças de outros presidiários integrantes do PCC.

Segundo informações do UOL, no atestado de óbito de Edilson consta que o preso sofreu edema agudo do pulmão e queimaduras de terceiro grau.

De acordo com agentes penitenciários, o homem foi encaminhado ao isolamento após afirmar para a direção do presídio que corria risco de vida. Edilson teria ateado fogo nas roupas e no colchão da cela individual que não tinha muita ventilação.

Os agentes também afirmaram que integrantes do PCC recolhidos na P2 de Venceslau ameaçaram matar a família de Edilson caso ele não se matasse. Os motivos que levaram às ameaças ainda não foram esclarecidos.

Ainda segundo os agentes, o preso foi vítima de uma "lavagem cerebral" que o convenceu a tirar a própria vida. Os funcionários da penitenciária disseram que ele ficou com muito medo de que algo acontecesse com a sua família e, por isso, pediu para que ficasse isolado durante algum tempo.

Edilson havia sido condenado a mais de cem anos prisão por diversos crimes que envolvem homicídio, assaltos e latrocínios.

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