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Precipitado

Pai é confundido com estuprador e espancado na frente da própria filha

O homem disse que a cena deixou a menina traumatizada

Pai é confundido com estuprador e espancado na frente da própria filha - Imagem: reprodução
Pai é confundido com estuprador e espancado na frente da própria filha - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 16/06/2023, às 10h56


Na última segunda-feira (12), um homem foi espancado por três pessoas ao ser confundido com um estuprador enquanto acompanhava à distância a filha na volta da escola em Botucatu, no interior de São Paulo.

Paulo Vitor Papa, de 37 anos, disse que precisou acalmar a filha que ficou em choque ao vê-lo ensanguentado, após ter sido agredido por três funcionários da escola onde a menina estudava. "Ela me viu com a camisa ensanguentada e precisou falar com uma psicóloga para se acalmar. Minha filha está em estado de choque".

A menina de 13 anos estava voltando com uma amiga do primeiro dia de aula do curso de Robótica no Sesi-SP. Como seria a primeira vez que seguiria para casa sem os responsáveis, Paulo combinou com a mãe dela que a acompanharia à distância sem que ela soubesse.

Durante o trajeto, o pai enviou vídeos e áudios para a mãe da menina. "Depois você mostra tudo isso para ela. Ela pensando que está andando sozinha? Ela nunca estará sozinha", disse ele em um dos áudios. "Realmente, ela é desligada, né? Porque eu falei pra ela: 'se alguém tiver te seguindo, você me liga'. Ela nem percebeu que você está seguindo ela", respondeu a mãe.

O pai da garota disse que viu pessoas em um carro parando para falar com as meninas. "Um carro branco parou para conversar com elas... Agora eu vou ter que chegar perto", disse em áudio para a mãe da garota. Em seguida, contou ter sido abordado por esses mesmos homens, ser questionado por que estava seguindo as meninas e ter respondido que era pai de uma delas, de acordo com informações do UOL.

"Aí, os homens desse carro voltaram a abordar a minha filha, perguntando se eu era pai dela. Como ela não me viu, ela disse que não e saiu correndo. Nisso, o diretor do Sesi encostou o carro na minha frente e disse: 'pega ele'. Três homens começaram a me agredir com socos e chutes. Aí, saí correndo até uma outra escola", contou.

"Liguei para a polícia e para a mãe da minha filha. Mas eles me seguiram e me agrediram novamente. Eles só pararam e foram embora quando a minha filha chegou e disse que eu era pai dela. Estou com hematomas nos pés, joelhos e dores pelo corpo. Não merecia ter passado pelo que passei", relatou o pai.

A Polícia Civil aguarda o resultado do exame do IML no pai agredido para definir se o caso será tratado como lesão corporal grave ou leve. Por enquanto, apenas o diretor do Sesi-SP foi identificado.

A investigação agora tenta identificar os três agressores para que eles prestem depoimento na delegacia. Policiais estão atrás de câmeras de segurança que possam ter registrado as agressões.

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