Diário de São Paulo
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Disputa pela Herança

Morte de Gal Costa: Filho questiona causa da morte e pede perícia judicial

Em contrapartida, Wilma Teodoro Petrillo, viúva de Gal Costa, alega que o jovem de 18 anos está sendo manipulado pela atual namorada, que seria 33 anos mais velha

Disputa pela Herança - Imagem: Reprodução | Fantástico
Disputa pela Herança - Imagem: Reprodução | Fantástico

por Marina Milani

Publicado em 18/04/2024, às 08h53


Wilma Teodoro Petrillo, viúva de Gal Costa, solicitou à Justiça de São Paulo a realização urgente de uma perícia psicossocial em Gabriel Costa, filho da cantora. Alega-se que o jovem de 18 anos está sendo manipulado pela atual namorada, que seria 33 anos mais velha que ele. Wilma afirma que desde que iniciou o relacionamento com a mulher de 51 anos, mãe de sua ex-namorada, Gabriel deixou de frequentar consultas com psiquiatra e psicólogo.

Além disso, Wilma pede que os profissionais que acompanhavam Gabriel sejam ouvidos como testemunhas no processo, alegando que o jovem pode estar em situação de extrema vulnerabilidade. Esses pedidos surgem como resposta ao processo movido por Gabriel, que busca a nulidade de um documento assinado por ele mesmo, no qual afirmava que Wilma Petrillo vivia com Gal como se fossem casadas.

Essa declaração de Gabriel foi crucial para o reconhecimento judicial de que Wilma mantinha união estável com Gal, colocando-a também na posição de herdeira. No entanto, Gabriel alega que assinou o documento sob coação de Wilma, temendo por sua segurança física e psicológica, já que, na época, morava na mesma casa que a viúva.

A Justiça de São Paulo negou o pedido de exumação do corpo de Gal Costa, que faleceu aos 77 anos em novembro de 2022. O pedido feito por Gabriel extrapola a esfera administrativa e registral da Vara de Registros Públicos, que não tem autoridade para determinar procedimentos para fins de prova em processo criminal. A juíza solicitou que o processo seja encaminhado à polícia para investigação dos fatos narrados por Gabriel e possível apuração de crime cometido por Wilma Petrillo.

Gabriel questiona a causa da morte de Gal Costa e pede autorização para exumar o corpo e realizar uma necrópsia, alegando que a mãe parecia estar bem de saúde um dia antes de falecer. Ele contesta a informação do atestado de óbito, que indica um infarto agudo no miocárdio e uma neoplasia maligna de cabeça e pescoço como causa da morte. A defesa de Gabriel argumenta que Gal teve uma "morte natural por causa desconhecida" e que no momento do óbito não havia nenhum médico para atestar a verdadeira causa da morte.

Em resposta, as advogadas de Gabriel saudaram a decisão da Justiça de apurar a causa da morte de Gal Costa, afirmando que sua família e fãs têm o direito de saber a verdade dos fatos. Elas também questionam por que o corpo não foi submetido a uma autópsia e por que Wilma Petrillo sepultou Gal em um cemitério na capital paulista, indo contra a vontade da cantora de ser enterrada junto com sua mãe no Rio de Janeiro. A defesa de Gabriel recorrerá da parte da decisão que não deferiu o traslado do corpo de Gal Costa para o Rio de Janeiro.

Além disso, Gabriel relata ter sido submetido a coações por parte de Wilma Petrillo após a morte de Gal. Ele afirma ter sido forçado a ingerir medicamentos de receita controlada e que a viúva teria tentado convencê-lo a assinar documentos que atribuíam a ela direitos sobre os bens da cantora.

Essa disputa jurídica ganhou destaque após a revelação das condições do relacionamento entre Wilma e Gabriel, levantando questionamentos sobre a influência da viúva na vida do jovem e sobre a causa real da morte de Gal Costa. A investigação em curso deverá trazer à tona novos detalhes sobre esse complexo caso de herança e manipulação familiar.

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