Decisão de cancelamento de contratação de médicos residentes no Iamspe provoca protesto entre candidatos
Marina Milani Publicado em 03/03/2024, às 09h28
No último sábado (2), o Ministério da Educação anunciou o cancelamento da contratação de 140 médicos residentes aprovados no concurso do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe), desencadeando uma série de questionamentos sobre o processo seletivo. A medida, provocada por irregularidades apontadas pela Comissão Nacional de Residência Médica, levou à suspensão imediata da posse dos profissionais e à necessidade de realização de um novo processo seletivo.
A controvérsia teve origem em denúncias de candidatos que se sentiram prejudicados pela aplicação da prova, alegando a ausência de questões relacionadas aos temas obrigatórios, como medicina preventiva e social. A médica Laura Cohen Warszawiak, uma das candidatas, relata a estranheza dos participantes durante a realização do exame e menciona que o Instituto assegurou a lisura do processo, argumentando que tais temas estavam contemplados ao longo da prova.
A decisão de cancelamento gerou preocupação entre os profissionais de saúde, sobretudo os que já atuam no Hospital do Servidor Público Estadual. Com a falta de 140 médicos residentes, há uma sobrecarga significativa sobre os profissionais em atividade, afetando diretamente o atendimento tanto no pronto-socorro quanto em consultas e procedimentos ambulatoriais.
A médica residente Patrícia Grossi destaca o impacto da carência de profissionais no serviço, mencionando a sobrecarga observada em diversos setores do hospital. Enquanto isso, na sexta-feira (1º), candidatos aprovados na prova suspensa organizaram um protesto contra a decisão.
“Há essa sobrecarga substancial no serviço tanto na emergência, pronto-socorro, também em nível ambulatorial, consultas, procedimentos. Está tudo parado por conta dessa falta de 140 médicos.”
O diretor do hospital, Marcelo Takano, afirmou à TV Globo que a falta de residentes não impede o atendimento da unidade, enquanto o Iamspe, vinculado à Secretaria de Governo e Gestão Digital do estado, informou que a suspensão da posse dos residentes foi uma medida para cumprir a determinação da Comissão Nacional de Residência Médica.
Por sua vez, o Conselho Nacional de Residência Médica, ligado ao Ministério da Educação, não reconheceu a validade do processo seletivo e solicitou a realização de uma nova prova. O Iamspe garantiu estar tomando medidas judiciais e administrativas para manter o processo e assegurar o ingresso dos residentes.
A situação gerou grande incerteza entre os aprovados, alguns dos quais já haviam efetuado matrícula, mudado-se para São Paulo e até mesmo aberto conta bancária para receber a bolsa da residência. Matheus Teixeira Barandas, um dos afetados pela decisão, expressou sua preocupação com a reviravolta após se estabelecer na cidade.
"Até a noite de ontem [29 de fevereiro]. a orientação era que o processo estava mantido para tomar posse nesta sexta [1º de março]. Quando eu vi que tinha passado, me mudei para São Paulo, deixei minha família no Rio e durante essa semana começou essa incerteza toda", pontuou Matheus.
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