Lula critica gestão da Prefeitura de São Paulo em live com Boulos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, neste sábado (19), seu descontentamento em relação à gestão da Prefeitura de São Paulo diante dos problemas causados por quedas de árvores durante chuvas intensas. Ele comparou a situação ao suporte prestado anteriormente ao Rio Grande do Sul, ressaltando que a responsabilidade pela manutenção das árvores recai sobre a administração municipal.

A interrupção prolongada de energia em São Paulo gerou um debate sobre responsabilidades. O prefeito responsabiliza o governo federal pela revisão do contrato com a Enel, enquanto Lula e o candidato Guilherme Boulos apontam que a fiscalização da concessionária é função do governo estadual, liderado por Tarcísio de Freitas, e que cabe à prefeitura a poda das árvores.

Lula criticou a concessionária Enel e as agências reguladoras por falhas na fiscalização, mencionando que essas instituições ainda são influenciadas por indicações do governo anterior. "Agora é minha vez de promover mudanças e colocar pessoas comprometidas com o povo", afirmou o presidente. Apesar das críticas, Lula declarou que não pretende entrar em conflito verbal com o governador ou o prefeito.

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A transmissão foi organizada após o cancelamento de duas caminhadas que seriam realizadas por Lula e Boulos. Realizada na residência do presidente, no bairro Alto de Pinheiros, a live teve duração de aproximadamente 30 minutos e foi direcionada especialmente aos eleitores indecisos ou desiludidos, um grupo significativo para as eleições municipais.

Na ocasião, Boulos demonstrou confiança em uma virada eleitoral, comparando-a à emoção de um jogo decisivo de futebol. Ele destacou que muitos eleitores costumam decidir seu voto nos últimos dias antes da eleição, alimentando esperanças de reverter o cenário desfavorável apontado pelas pesquisas.

O encontro virtual começou com Boulos agradecendo a hospitalidade do presidente: "Nem todo mundo me convida para suas casas. As pessoas têm receio de que eu entre e não saia mais", brincou o candidato, aludindo à sua conhecida militância política.