O influenciador fitness solicitou a devolutiva para realizar viagens internacionais a trabalho
por Marina Milani
Publicado em 17/04/2024, às 08h30
A Justiça de São Paulo decidiu nesta terça-feira (15) liberar o passaporte do influenciador fitness Renato Cariani para que ele possa realizar viagens internacionais a trabalho. Cariani foi indiciado por tráfico de drogas, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
O habeas corpus foi solicitado pela defesa do influenciador, que argumentou que a apreensão do passaporte estava causando "constrangimento ilegal" e que Cariani vem colaborando com as investigações. O advogado José Eduardo Cardozo destacou ainda que a atuação profissional do influenciador já estava sendo prejudicada pela repercussão das denúncias e que ele depende de viagens internacionais para participar de eventos, tendo uma viagem marcada para o próximo sábado (20).
A decisão dos desembargadores da 6ª Câmara de Direito Criminal permite que Cariani viaje ao exterior, desde que cumpra algumas medidas, como comunicar previamente à Justiça, com antecedência mínima de 15 dias, e apresentar passagens de ida e retorno.
O relator do caso, Marcos Correa, justificou a decisão afirmando que o réu não demonstrou "qualquer ato que indicasse sua inclinação em influenciar de maneira negativa a apuração das imputações ou se furtar à aplicação da lei penal". Além disso, destacou que a retenção do passaporte poderia comprometer a subsistência do empresário do ramo fitness, que participa de eventos nacionais e internacionais.
A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF) de São Paulo, concluiu que Cariani e mais dois amigos estariam envolvidos em um esquema de desvio de produtos químicos para a produção de drogas para o narcotráfico. Embora tenham sido indiciados, nenhum deles teve prisão decretada e todos respondem em liberdade. O relatório final da PF foi encaminhado ao Ministério Público, que poderá ou não denunciar o grupo pelos crimes.
Renato Cariani, que possui mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, é sócio da Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., empresa que, segundo a PF, estaria envolvida no esquema criminoso. A investigação apontou que Cariani e seus sócios tinham conhecimento e participavam diretamente das atividades ilícitas.
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