Índice de pessoas em situação de rua aumenta em SP; capital soma mais de 52 mil

Segundo um levantamento de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 52.226 pessoas vivem em situação de rua na capital de São Paulo. Os dados são de fevereiro de 2023.

Os dados indicam que o número corresponde a um aumento da população de rua em cerca de 8,2%, em em relação a novembro de 2022, quando outro estudo foi feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (POLOS-UFMG), com dados do CadÚnico.

A pesquisa levou em consideração apenas as pessoas que haviam se cadastrado no CadÚnico. Segundo o pesquisador André Luiz Dias, a capital paulista sempre concentrou o maior número de pessoas em situação de rua desde o início do registro em CadÚnico, em 2012.

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De acordo com as informações do g1, em todo o país, 206 mil pessoas estavam em situação de rua, o que indica um crescimento de 7,4% desde o último estudo. Nas ruas do estado de São Paulo vivem 86.782 pessoas, ou seja, quase metade da população de rua de todo o país está nas cidades paulistas.

O coordenador do POLOS-UFMG explica que no último trimestre de 2022 o governo de Jair Bolsonaro (PL) exigiu medidas para atualização do CadÚnico, e os números pararam de ser atualizados. Já o governo Lula (PT), segundo ele, voltou a estimular o cadastro, e os números voltaram a crescer.

"Nós não sabemos se, de fato, mais pessoas passaram a viver nas ruas a partir de novembro. O que nós vimos é que ano passado simplesmente em três meses (outubro, novembro e dezembro), mais de 25 mil pessoas haviam sido sumariamente excluídas do CadÚnico. Agora, aos poucos estão voltando a aparecer", disse Dias.

O levantamento também mostra que a situação de rua atinge majoritariamente a população negra. A cada 10 pessoas que vivem na rua, 7 são negras.

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