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Homem é preso em Santo André por envolvimento em golpe das doações para vítimas das enchentes no RS

Pelo menos 15 sites criminosos ludibriavam a população ao fazer crer que estavam contribuindo para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul

Golpe RS. - Imagem: Divulgação / Polícia Civil
Golpe RS. - Imagem: Divulgação / Polícia Civil

por Marina Milani

Publicado em 18/05/2024, às 11h11


A Polícia Civil deteve mais um suspeito em Santo André, ABC Paulista, ligado a um grupo que teria simulado contas governamentais do Rio Grande do Sul para receber doações via Pix destinadas aos afetados pelas recentes enchentes no estado.

Segundo informações policiais, o homem, de 45 anos, foi capturado na noite de sexta-feira (17) e já possuía um mandado de prisão em seu nome, encontrando-se à disposição da Justiça.

Na última quarta-feira (15), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio da polícia paulista, prendeu um homem e uma mulher e bloqueou cinco contas bancárias durante uma operação relacionada ao caso.

As investigações apontaram que os suspeitos, com idades entre 17 e 45 anos, teriam criado perfis falsos em redes sociais, aparentando serem contas oficiais do governo gaúcho, para promover uma intensa campanha de arrecadação de doações. Eles divulgavam chaves Pix de pessoas físicas para receber os valores.

A fraude, iniciada nos primeiros dias da calamidade, enganou muitas pessoas que acreditavam estar contribuindo para a reconstrução do estado, quando na verdade estavam sendo vítimas de uma associação criminosa em São Paulo.

Todos os detidos possuem antecedentes criminais por diversos delitos, incluindo roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e tráfico de drogas. Além das prisões, foram expedidos mandados de busca e apreensão como parte da operação.

O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) destacou um grupo de delegados e agentes com o objetivo de reprimir práticas criminosas virtuais que se aproveitam da situação atual do estado para obter vantagens ilícitas.

Até o momento, mais de 50 casos foram analisados pelo Deic, resultando na retirada de pelo menos 15 páginas criminosas que ludibriavam a população ao fazer crer que estavam contribuindo para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.

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