Diário de São Paulo
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Ex-secretário da fazenda de SP antecipa: selic pode chegar a 9% em 2024

Felipe Salto destacou a eficácia do Banco Central (BC) em manter a inflação controlada

Felipe Salto - Imagem: Divulgação / SECOM SP
Felipe Salto - Imagem: Divulgação / SECOM SP

Marina Milani Publicado em 20/12/2023, às 08h30


O Ibovespa, índice da bolsa de valores brasileira, encerrou a sessão desta segunda-feira em seu patamar mais alto da história, atingindo 131.083 pontos com uma alta de 0,68%. O bom desempenho foi impulsionado pelo crescimento das ações da Petrobras, refletindo um ano de resultados econômicos positivos, como o esperado crescimento de 3% e a continuidade na redução da taxa básica de juros (Selic).

O economista-chefe da Warren Rena e ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Felipe Salto, foi entrevistado pelo Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para analisar esse cenário. Ele destacou a eficácia do Banco Central (BC)em manter a inflação controlada e elogiou o afrouxamento e a redução da taxa Selic. Salto prevê que a Selic atinja 9% até o final do próximo ano.

Salto expressou otimismo em relação à economia, destacando um cenário de inflação controlada e um crescimento econômico que superou as expectativas. Ele ressaltou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem executado um plano na área de responsabilidade fiscal, citando o novo arcabouço fiscal. No entanto, enfatizou os desafios à frente, especialmente a meta de zerar o déficit público no próximo ano.

O economista elogiou as medidas adotadas por Haddad para combater benefícios fiscais e aumentar a arrecadação, reconhecendo que o ministro enfrentará desafios em relação à execução desses planos. Salto também destacou a importância da aprovação da MP das Subvenções na Câmara, apontando-a como positiva no contexto do programa de recuperação de receitas.

"Vão haver questionamentos na Justiça, mas é o que nós temos dentro do programa de recuperação de receitas. Acho que a medida no geral é positiva dentro desse pacote de recuperação de arrecadação. Nós temos R$ 500 bilhões em renúncias tributárias, dinheiro deixado sobre a mesa, que não é arrecadado, poderia financiar políticas e não financia porque a gente optou, ao longo de décadas, por conceder regimes especiais, incentivos, isenções e desonerações".

Ao concluir a entrevista, Salto enfatizou a necessidade de execução efetiva dos planos, considerando que o Brasil tem histórico de criar regras, mas nem sempre de cumpri-las. Ele expressou confiança na capacidade do governo em executar o planejamento proposto para enfrentar os desafios econômicos e fiscais do país.

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