Alan Deivid de Barros usava a imagem de marcas e celebridades para atrair investidores e aplicar golpes
Marina Milani Publicado em 04/03/2024, às 08h26
Alan Deivid de Barros, empresário que foi expulso de uma padaria na Grande São Paulo há quase um mês, foi preso pela Polícia Federal em 27 de fevereiro por suspeita de integrar uma associação criminosa que praticava fraudes financeiras envolvendo criptomoedas e NFTs (Tokens Não-Fungíveis).
A investigação revela que os golpes seguiam uma mesma estratégia: a oferta de uma criptomoeda supostamente desenvolvida pelo grupo, prometendo lucros acima do mercado mediante parcerias com empresas. Para dar credibilidade aos produtos oferecidos, o empresário usava a imagem de marcas e pessoas famosas.
Em conversas e vídeos reunidos por pessoas que se dizem vítimas do esquema, Alan Barros fazia promessas aos investidores e utilizava a imagem de celebridades para convencer o público a investir. Em um dos vídeos, Alan mostra uma mensagem privada do cantor norte-americano Jason Derulo, supostamente interessado no projeto da criptomoeda.
O empresário também aparece em outro vídeo anunciando que uma loja de carros passaria a aceitar criptomoedas de sua empresa como forma de pagamento na compra de automóveis.
As vítimas do esquema, seduzidas pelas promessas de lucro, investiram quantias significativas em criptomoedas, mas se viram incapazes de movimentar ou recuperar seus investimentos. Um dos investidores relatou ter cerca de R$ 10 milhões "trancados" na plataforma da empresa de Alan, sem conseguir acessar ou movimentar os ativos.
A investigação teve início em maio de 2023, quando os investidores começaram a denunciar o suposto esquema de pirâmide. Após coletar evidências e depoimentos, a polícia solicitou a prisão de duas pessoas envolvidas no caso, incluindo Alan Barros.
A Polícia Federal realizou uma operação de combate às fraudes financeiras nos estados do Paraná e Santa Catarina, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão. Segundo a PF, já foi comprovada a participação de quatro pessoas no esquema, que responderão pelos crimes de crime contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O caso segue sob investigação para determinar se outros envolvidos no projeto também tiveram parte no esquema de fraude. Alan Deivid de Barros, conhecido nas redes sociais como Allan Barros, é um empresário paranaense de 32 anos, que exibe uma vida de luxo em suas redes sociais, com carros esportivos, roupas de grife e viagens pelo mundo.
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