O caso veio à tona após a denúncia de uma das professoras
Nathalia Jesus Publicado em 28/06/2023, às 08h45
Os donos da escola particular Pequiá, no Cambuci, na zona sul de São Paulo, Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira, foram presos na última terça-feira (27) após denúncias de maus-tratos e torturas contra alunos dentro da unidade de ensino.
A prisão temporária do casal havia sido decretada pela Justiça na segunda-feira (26). Eles chegaram a ser procurados em endereços informados para a polícia, mas não foram encontrados, e passaram a ser considerados foragidos. O casal se entregou na terça-feira após negociar com os agentes.
O delegado Fábio Daré, responsável pela investigaçõa do caso, afirmou que os registros de flagrante mostram "situações vexatórias", segundo informações do g1.
Os casos que deram origem às investigações foram descobertos por meio da denúncia de uma professora que trabalhava no local. Com um celular escondido, ela conseguiu tirar fotos e fazer vídeos do que acontecia com as crianças dentro do colégio.
Uma foto mostra um menino amarrado pela blusa do próprio uniforme em um poste e em um vídeo outros alunos aparecem sendo humilhados na frente dos colegas por fazerem xixi na roupa.
Com as provas, ela procurou algumas mães e foi até a delegacia do bairro no último domingo (18). A professora denunciou punições, humilhações e agressões impostas às crianças quando algo dava errado para os donos da escola.
De acordo o delegado, além dos vídeos e fotos, os relatos apresentados eram todos parecidos, o que colaborou para o prosseguimento das investigações.
"A princípio [a investigação] foi [aberta] por maus-tratos e submeter criança a situação vexatória. Mas pelos relatos, pela gravidade dos relatos, eu incluí a tortura. Por alguns indícios que eu tinha das oitivas. As filmagens são tristes, revoltantes e isso causou muita revolta na gente, nas mães, nos pais", explicou.
Na delegacia, pelo menos 12 pais e mães, além de duas professoras, já foram ouvidos.
"Fiquei horrorizada. Chorei, chorei, não podia acreditar. Não dava para acreditar que estava acontecendo isso", disse Carina Pereira, a mãe de uma aluna.
Ivan Luís Prior Pecchi e Tania Cellia Regis Recchi procuraram a delegacia. O filho deles têm 5 anos e estava matriculado desde os 11 meses. Eles contam que os donos da escola tentavam impedir o contato entre pais e professores.
Em uma gravação, uma mulher grita para que uma menina de um ano e meio guarde os brinquedos. "As fotos e os vídeos que a gente tem não é nem metade das coisas que eles faziam. Eles gritavam muito com as crianças, tem até o quarto escuro, que muitas crianças falam e era praticamente um quarto de castigo", disse a professora Anny Garcia Junqueira, que fez a denúncia.
A defesa de Andrea Carvalho Alves Moreira e Eduardo Mori Kawano disse que ainda não teve acesso ao inquérito, e que, por enquanto, pode esclarecer que os donos da escola negam veementemente as acusações e são totalmente inocentes.
A Secretaria Estadual da Educação informou que abriu um processo administrativo diante das denúncias recebidas.
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