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Justiça

Escola infantil em SP torturava crianças; Justiça decide destino das professoras

As duas sócias do estabelecimento e uma funcionária foram julgadas

Donas de escola infantil são julgadas por tortura e maus-tratos e recebem penas muito pesadas; veja - Imagem: reprodução
Donas de escola infantil são julgadas por tortura e maus-tratos e recebem penas muito pesadas; veja - Imagem: reprodução

Nathalia Jesus Publicado em 28/02/2023, às 10h57


A Justiça de São Paulo considerou culpadas as duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica, da zona leste da capital paulista, pelos crimes de tortura e maus-tratos contra nove crianças. A denúncia foi feita por uma ex-funcionária da escola.

O centro de ensino ficava localizado na Vila Formosa e atendia crianças até cinco anos de idade. Os casos denunciados ocorreram entre novembro de 2021 e março de 2022.

Roberta Serme, uma das donas do local, foi condenada a 49 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado e um ano e quatro meses em detenção em regime inicial semiaberto.

Fernanda Serme, irmã e sócia de Roberta, que era diretora da escola infantil, foi condenada a 13 anos e 4 meses de prisão em regime inicial semiaberto.

Solange Hernandez, funcionária da unidade de ensino, recebeu uma pena de 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão em regime inicial fechado, acrescentando mais 8 meses em regime semiaberto.

De acordo com informações do Metrópoles, proprietárias da escola estão presas preventivamente e a funcionária responde em liberdade, situação que foi mantida pela Justiça.

As três acusadas ainda negam que tenham praticado os crimes. Apesar da condenação da juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 23° Vara Tribunal, do Fórum da Barra Funda, a defesa das acusadas ainda pode recorrer.

O advogado de defesa das três mulheres disse que está analisando a sentença.

O caso da escola infantil Colmeia Mágica veio à tona após uma ex-funcionária do local divulgar um vídeo em que as crianças aparecem amarradas e chorando dentro de um dos cômodos da escola. No vídeo, alguns alunos também apareciam comendo no banheiro.

Na época, outras denúncias também apareceram, como a de castigos físicos que eram dados dentro do centro de ensino. Os pais dos alunos que foram expostos se juntaram para fazer uma denúncia formal contra Roberta Serme e outros funcionários do local.

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