Diário de São Paulo
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Arquidiocese tem seu veredito sobre investigação envolvendo o padre Júlio Lancellotti

O padre estava sendo acusado de se masturbar para menores de idade

Padre Júlio Lancellotti - Imagem: Reprodução / Agência Brasil | Reprodução / Redes Sociais
Padre Júlio Lancellotti - Imagem: Reprodução / Agência Brasil | Reprodução / Redes Sociais

Marina Milani Publicado em 24/01/2024, às 07h52


A Arquidiocese de São Paulo anunciou o encerramento da investigação relacionada às denúncias de conteúdo sexual feitas contra o padre Júlio Lancellotti pela presidência da Câmara Municipal. Em comunicado, a instituição informou que não foram encontradas provas suficientes para confirmar a veracidade das acusações, citando um parecer do Ministério Público de 2020 sobre o mesmo caso. A decisão foi comunicada ao Vaticano.

A nota ressalta o compromisso da Cúria Metropolitana de São Paulo em permanecer atenta a novos elementos de verdade sobre os fatos denunciados, sem se deixar influenciar por interesses ideológicos ou políticos. O vídeo que motivou as denúncias foi enviado pelo presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), mas a autenticidade do material não foi comprovada e mostra um homem se masturbando.

Em 2020, o mesmo vídeo já havia sido alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo, que optou por arquivar a denúncia na época. O padre Júlio Lancellotti é alvo das acusações feitas pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do requerimento para a abertura de uma CPI destinada a investigar as ONGs que atuam no centro de São Paulo.

No início do ano, sete vereadores retiraram o apoio à CPI, alegando terem sido enganados, já que o texto não mencionava o padre como alvo principal. O vereador Nunes afirma ter contratado uma perícia que comprova a autenticidade do vídeo, alegando que o homem nas imagens é o religioso. Por outro lado, o advogado do padre, Luiz Eduardo Greenhalgh, defende que se trata de uma montagem. O vereador Nunes enviou o material para o Ministério Público de São Paulo, o Ministério Público Federal e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O padre Júlio Lancellotti optou por não comentar publicamente sobre o assunto.

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