As autoridades de Xangai registraram nesta segunda-feira (18) as primeiras mortes por covid-19 do mais recente surto na cidade, que está sob confinamento há
Redação Publicado em 18/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 09h44
As autoridades de Xangai registraram nesta segunda-feira (18) as primeiras mortes por covid-19 do mais recente surto na cidade, que está sob confinamento há várias semanas. São três as pessoas que morreram.
Todos os três infectados que morreram eram idosos (um com 89 e dois com 91 anos), tinham doenças como diabetes e hipertensão e não estavam vacinados contra o novo coronavírus, disse Wu Ganiu, da Comissão de Saúde da cidade.
“Após entrar no hospital, a condição de saúde de cada um se agravou, e acabaram por morrer, apesar de várias tentativas para salvá-los”, contou.
A totalidade de mortes na China, causadas pelo novo coronavírus, aumenta assim para 4.641.
A maioria dos 25 milhões de habitantes de Xangai está confinada em suas casas pela terceira semana.
O governo chinês continua a implementar uma estratégia de ‘tolerância zero’ à doença, que inclui o isolamento de todos os casos positivos e o bloqueio de cidades inteiras.
A China anunciou que 23.362 pessoas testaram positivo para o vírus nas últimas 24 horas, a maioria assintomáticos, e quase todos em Xangai.
O surto da variante Ômicron na cidade chinesa, de mais de 24 milhões de pessoas, já infectou pelo menos 320 mil pessoas desde março. É o pior surto na China desde o início da pandemia, mas apesar do alto número de casos, nenhuma morte atribuída à doença tinha sido registrada.
Capital financeira da China e sede do porto mais movimentado do mundo, Xangai parecia despreparada para um surto tão grande.
Os moradores ficaram sem acesso à comida e necessidades diárias, diante do fechamento de supermercados e farmácias, e dezenas de milhares de pessoas foram colocadas em centros de quarentena, onde as luzes estão sempre acesas, o lixo se acumula e não existem chuveiros com água quente.
Qualquer pessoa com resultado positivo, mas que não tenha sintomas, deve passar uma semana em uma dessas instalações.
Embora o Partido Comunista Chinês tenha pedido medidas de prevenção mais direcionadas, as autoridades locais continuam a adotar normas rigorosas.
A maior parte dos casos está em Xangai, mas existem vários surtos por todo o país. Na sexta-feira(15), a cidade de Xian, no noroeste, anunciou um período de quatro dias de restrições ao movimento dos 13 milhões de habitantes, incluindo o fechamento de locais de entretenimento e restaurantes e proibições de alguns transportes que saem da cidade.
Na cidade de Wenzhou, as autoridades permitiram recompensas de até 50 mil yuans por informações sobre pessoas que esconderem seu estado de saúde, informou o portal de notícias The Paper.
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Agência Brasil
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