O principal negociador da Ucrânia disse nesta terça-feira (19) que é difícil prever quando as negociações de paz podem ser retomadas devido ao cerco russo da
Redação Publicado em 19/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 18h06
O principal negociador da Ucrânia disse nesta terça-feira (19) que é difícil prever quando as negociações de paz podem ser retomadas devido ao cerco russo da cidade de Mariupol e do que ele descreveu como o desejo de Moscou de fortalecer sua posição por meio de uma nova ofensiva militar.
Kiev e Moscou não mantêm conversas presenciais desde 29 de março, e a atmosfera azedou com as alegações ucranianas de que tropas russas realizaram atrocidades em uma cidade perto de Kiev. Moscou nega as acusações.
Mykhailo Podolyak, principal negociador da Ucrânia, disse à Reuters que o contínuo cerco de Mariupol e o repetido fracasso das tentativas de arranjar corredores seguros para a retirada de civis ucranianos também complicaram as conversações.
“Obviamente, tendo como pano de fundo a tragédia de Mariupol, o processo de negociação se tornou ainda mais complicado”, disse ele em resposta por escrito a perguntas sobre as negociações de paz.
“A Rússia renuncia desafiadoramente a qualquer manifestação de humanidade e humanismo quando se trata de certos corredores humanitários. Especialmente quando falamos de Mariupol.”
Cada lado culpa o outro pelo fracasso das negociações de paz e pelo fracasso das negociações sobre corredores seguros para civis.
Podolyak disse que alguns contatos continuam online para adequar os acordos alcançados sobre garantias futuras para a segurança da Ucrânia, garantindo que estejam em conformidade com a lei internacional.
“É difícil dizer quando a próxima rodada de negociações cara a cara será possível porque os russos estão apostando seriamente [em obter ganhos] na chamada ‘segunda etapa da operação especial'”, disse.
Autoridades locais dizem que milhares de pessoas foram mortas no cerco de Mariupol. Podolyak disse que a Rússia queria esmagar os últimos combatentes em Mariupol para fins de “propaganda interna”.
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Agencia Brasil
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