O Parlamento da Itália reelegeu neste sábado (29/01) Sergio Mattarella como presidente, numa oitava rodada de votações, após quase uma semana de debates
Redação Publicado em 29/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 19h37
O Parlamento da Itália reelegeu neste sábado (29/01) Sergio Mattarella como presidente, numa oitava rodada de votações, após quase uma semana de debates frequentemente tensos no Parlamento em Roma.
Presidente da Itália, Sergio Mattarella, discursa no Palácio Quirinale, em Roma, nesta terça-feira (2) — Foto: Paolo Giandotti/Presidential Palace/Handout via Reuters
O político de 80 anos vinha repetidamente rechaçando um segundo mandato na presidência. No entanto, diante do prolongado impasse político, o primeiro-ministro Mario Draghi lhe pediu que se mantivesse no cargo “pelo bem e estabilidade do país”.
Após a sétima votação frustrada, a coalizão de governo encabeçada pelo apartidário Draghi – cujas principais legendas são Movimento Cinco Estrelas, Liga, Força Itália e Partido Democrático (PD) – informou ter feito um acordo para reeleger o 12º presidente da República Italiana, que assim obteve os necessários 505 votos de deputados e representantes regionais.
Embora a presidência italiana tenha caráter basicamente cerimonial, o chefe de Estado dispõe de poderes amplos no caso de crises políticas, desde o de dissolver o Parlamento a nomear novos chefes de governo e negar o mandato a coalizões governamentais frágeis.
Durante meses, o atual premiê, ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi, fora anunciado como o mais promissor candidato a presidente. No entanto, alguns partidos insistem que ele é um recurso precioso demais em sua atual atribuição.
Na presidência desde fevereiro de 2015, o também apartidário Mattarella estabeleceu um perfil sólido como presidente, numa época em que o país enfrenta uma série de crises profundas. Entre os que apoiaram a reeleição está o ex-premiê e bilionário conservador Silvio Berlusconi, de 85 anos, que até poucas semanas atrás também concorria ao cargo.
A Itália se encontrou numa situação semelhante cerca de uma década atrás, quando Giorgio Napolitano foi eleito para permanecer na presidência, numa tentativa de resolver o impasse resultante das inconclusivas eleições gerais de 2013.
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G1
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