Um restaurante e dois bares de São Paulo anunciaram alterações em seus cardápios em protesto contra a invasão da Rússia à Ucrânia.
Redação Publicado em 08/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 14h46
Um restaurante e dois bares de São Paulo anunciaram alterações em seus cardápios em protesto contra a invasão da Rússia à Ucrânia.
No Bar da Dona Onça, na região central de São Paulo, a chef Janaína Rueda decidiu retirar o estrogonofe do menu.
Já no Levels Lounge Bar, no Itaim, o drinque chamado “Moscow mule”, uma conhecida mistura de vodca, gengibre e limão, virou “Kiev mule”. O bar também passou a oferecer um desconto de 10% no valor da bebida.
A mudança ocorre “em solidariedade à nação ucraniana”, segundo uma postagem no perfil do bar nas redes sociais. Segundo o texto, a alteração faz parte de um contexto de “tempos de conscientização”.
A troca no nome foi adotada ainda no bar Vaca Véia, também no Itaim.
“Fica o recado de conscientização do que está acontecendo do outro lado do mundo”, disse a postagem do bar que anunciou a mudança.
Nas redes sociais, as mudanças foram vistas com desconfiança. No Twitter, alguns usuários classificaram a atitude como oportunista e questionaram a utilidade deste tipo de manifestação.
Drinque Kiev Mule do bar Vaca Véia em São Paulo — Foto: Reprodução/Instagram
Embora o nome do drinque faça referência à Moscou, a capital russa, a bebida não teria nascido no país. Segundo o jornal New York Times, o coquetel foi criado em 1941 no Chatham Hote, em Nova York, nos Estados Unidos.
Também foi em protesto contra os ataques russos a retirada do estrogonofe do cardápio do Bar da Dona Onda. Apesar de ser um prato com raízes russas, ele foi bastante abrasileirado, de modo que a receita popular nos restaurantes paulistanos hoje em dia quase não tem semelhanças com a original.
Estrogonofe brasileiro, acompanhado de arroz e batata palha — Foto: Terra da Gente
Embora não haja consenso sobre a origem da receita, a mais aceita é a de que a criação foi feita por um cozinheiro francês que trabalhava para a família Stroganov em São Petesburgo. O nome do clã, afrancesado, virou stroganoff, com a letra a, no lugar do o que vemos na grafia brasileira. O prato seria uma homenagem ao conde, militar e diplomata Pavel Alexandrovich Stroganov.
As mudanças não estão apenas na palavra. Enquanto o original leva páprica, conhaque e creme azedo, por aqui é comum encontrar preparos com ketchup, champignon e creme de leite. E se, na Rússia, o ensopado é servido tradicionalmente com batatas fritas ou cozidas, no Brasil o estrogonofe vem quase sempre ao lado de arroz branco e batata palha.
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G1
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