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República Democrática do Congo declara fim do 13º surto de ebola

A República Democrática do Congo (RDCongo) declarou hoje (16) o fim do 13º surto de ebola no país, que começou no dia 8 de outubro e causou seis mortes na

República Democrática do Congo declara fim do 13º surto de ebola
República Democrática do Congo declara fim do 13º surto de ebola

Redação Publicado em 16/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h30


No período, foram notificados 11 casos e 6 mortes

A República Democrática do Congo (RDCongo) declarou hoje (16) o fim do 13º surto de ebola no país, que começou no dia 8 de outubro e causou seis mortes na província do nordeste do Kivu do Norte.República Democrática do Congo declara fim do 13º surto de ebolaRepública Democrática do Congo declara fim do 13º surto de ebola

O surto terminou 42 dias após o último doente positivo ter registrado, pela primeira vez, resultados negativos e não ter aparecido nenhum novo caso desde então, de acordo com a direção regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) na África.

Neste surto que chega ao fim, foram notificados 11 casos (oito confirmados e três prováveis) e seis mortes na província do Kivu Norte, na mesma onde ocorreu o de 2018, que durou dois anos.

Em comunicado, a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse que, durante essa última fase, o país aplicou “lições cruciais” aprendidas em emergências anteriores.

“A RDCongo foi capaz de limitar a propagação da doença e salvar vidas. As principais lições estão sendo aprendidas e aplicadas com a experiência adquirida em cada fase”, acrescentou.

Segundo a OMS, mais de 1.800 pessoas foram vacinadas em campanha lançada apenas cinco dias após o primeiro caso ter sido detectado.

O surto foi a oportunidade de, pela primeira vez, ser utilizada no país a vacina contra o ebola “Ervebo”, recentemente aprovada.

“Uma vigilância mais forte da doença, o envolvimento da comunidade, a vacinação orientada e uma resposta rápida estão tornando o controle do ebola mais eficaz na região”, afirmou Moeti,

A resposta rápida incluiu medidas-chave de controle de surtos, como o rastreio de contatos, a vigilância de doenças, bem como esforços de colaboração com a comunidade em Beni, a cidade onde o primeiro caso foi detectado.

A OMS ajudou o país destacando peritos e equipamento e contribuindo com financiamento para conter a epidemia.

No entanto, a situação de segurança imprevisível, e às vezes volátil, em partes de Beni tem dificultado a resposta em algumas localidades.

O pessoal de saúde e outros trabalhadores da linha da frente não puderam chegar a algumas áreas não seguras para monitorar casos de contato de alto risco e administrar as vacinas.

A prevenção da exploração e do abuso sexual foi pilar fundamental nessa resposta, tendo sido destacado um perito para formar o pessoal e parceiros da OMS na prevenção de comportamentos impróprios e abusivos.

Todas as pessoas que trabalham no terreno receberam formação e cada agência parceira assinou um código de conduta. Os formadores falaram diretamente aos membros das comunidades nas quais as autoridades de saúde estavam a trabalhar para aumentar a sensibilização para a exploração e abuso sexual e para a forma de o denunciar em segurança. Os anúncios na rádio e folhetos nas línguas locais também ajudaram a difundir as mensagens.

Com o fim dessa fase, as autoridades sanitárias mantêm os esforços de vigilância e estão prontas a responder rapidamente a quaisquer novos surtos potenciais, disse a OMS na África.

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RTP

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