O governo do Reino Unido informou neste sábado (25) que vai conceder até 10.500 vistos de trabalho provisórios para contornar a escassez de mão de obra.
Redação Publicado em 26/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h43
O governo do Reino Unido informou neste sábado (25) que vai conceder até 10.500 vistos de trabalho provisórios para contornar a escassez de mão de obra.
As permissões serão de três meses, de outubro a dezembro, e têm como objetivo mitigar a falta de trabalhadores na área do transporte e em setores-chave da economia britânica, como a criação de aves de granja.
Nos últimos dias e apesar das tentativas do governo de tranquilizar a população, uma multidão de britânicos lotou postos de gasolina após muitos produtos esgotarem em lojas e supermercados.
A decisão de conceder os vistos vai no sentido contrário à diretriz defendida pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, cujo governo entende que o Reino Unido não deve depender de mão de obra estrangeira.
Durante meses, o Executivo vem tentando evitar recorrer aos trabalhadores de fora, apesar das advertências de vários setores econômicos e de uma falta estimada em 100.000 caminhoneiros.
O secretário dos Transportes do Reino Unido, Grant Shapp, afirmou que, além dos vistos de trabalho, outras medidas excepcionais serão adotadas para garantir o abastecimento antes das festas de fim de ano.
Nas próximas semanas, os examinadores do Ministério da Defesa serão mobilizados para aprovar milhares de permissões de veículos de transporte de mercadorias.
O Ministério da Educação e suas agências vão desbloquear milhões de libras esterlinas para formar 4.000 caminhoneiros.
Shapps também pediu aos empregadores que colaborem, “melhorando as condições de trabalho e os salários para reter os novos motoristas”.
Também serão enviadas um milhão de cartas para pedir às pessoas em posse de carteiras de motorista de caminhões e que não os estejam usando a voltar ao trabalho.
Boris Johnson precisa lidar com uma pressão crescente. A crise da Covid-19 e as consequências relacionadas ao Brexit têm acentuado a escassez, enquanto os preços da energia dispararam.
Fábricas, restaurantes e supermercados têm sido afetados pela falta de caminhoneiros há meses.
A rede de fast-food McDonald’s ficou sem bebidas e milk-shakes no mês passado. Sua concorrente, a KFC, foi obrigada a retirar alguns itens de seu cardápio, enquanto a rede Nando’s teve que fechar provisoriamente dezenas de restaurantes porque não tinha frangos suficientes para atender à demanda.
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G1
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