Uma semana depois da catástrofe desencadeada por uma erupção vulcânica e um tsunami, a população de Tonga está determinada a reconstruir o seu país onde,
Redação Publicado em 22/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h32
Uma semana depois da catástrofe desencadeada por uma erupção vulcânica e um tsunami, a população de Tonga está determinada a reconstruir o seu país onde, apesar das complicações logísticas e sanitárias, começa a chegar ajuda humanitária.
A forte erupção do vulcão Hunga Tonga Hunga Ha’apai no sábado passado(15) provocou um tsunami que causou estragos em todo o arquipélago, afetando mais de 80% de seus 100.000 habitantes, segundo as Nações Unidas.
A jornalista tonganesa Marian Kupu disse que a maioria dos moradores quer continuar morando lá e participar da enorme tarefa de reconstrução.
“Queremos ficar aqui em nosso país, porque é isso que nos identifica como tonganeses. Queremos reconstruir nosso país, nos unir e superar”, declarou a repórter à AFP.
As cinzas tóxicas contaminaram as reservas de água, as colheitas foram destruídas e pelo menos duas aldeias foram varridas do mapa. Estima-se que um quilômetro cúbico de material tenha sido expelido do vulcão, que, segundo especialistas, permanecerá ativo “por semanas ou meses”.
“O povo de Tonga vai precisar de apoio sustentado para responder a um desastre dessa magnitude”, disse Sione Hufanga, coordenadora da ONU para Tonga.
“O povo de Tonga ainda está impressionado com a magnitude do desastre”, acrescentou.
Este arquipélago está listado em terceiro lugar no World Risk Report, uma classificação que mede os países de acordo com sua suscetibilidade a sofrer desastres naturais. Mas, apesar do perigo, Kupu diz que a maioria de seus compatriotas quer ficar em suas ilhas.
“É o sentimento de orgulho que temos aqui, de não querermos sair do país onde nascemos e crescemos”, disse a jornalista.
Um sobrevivente da ilha de Atata, devastada pelo tsunami, disse que retornaria à ilha mesmo após a devastação. “Ele explicou que queria voltar porque seus pais estão enterrados lá, ele nasceu lá e sua vida está lá”.
As forças armadas da Austrália e da Nova Zelândia começaram a entregar suprimentos de emergência, especialmente água, para o país de 100.000 pessoas, embora um ministro australiano tenha dito que os temores de uma “crise da covid” estão complicando essas tarefas.
Tonga está livre do vírus e possui protocolos rígidos que exigem entrega de ajuda sem contato e um período de quarentena de três semanas para qualquer trabalhador humanitário que queira entrar em seu território.
“Este é um momento muito, muito difícil para o povo de Tonga”, disse o ministro australiano para o Desenvolvimento Internacional, Zed Seselja.
“Respeitamos totalmente o desejo do governo de Tonga de não adicionar uma crise de covid à crise humanitária causada pelo tsunami”, acrescentou.
Por sua vez, a Nova Zelândia anunciou que um terceiro navio da Marinha estava indo para Tonga com helicópteros, água, leite em pó e lonas.
O governo de Tonga disse que os dois fenômenos naturais causaram “um desastre sem precedentes” e declarou uma emergência nacional por quase um mês.
A catástrofe também cortou um importante cabo de comunicação submarino que liga Tonga ao resto do mundo. A comunicação foi parcialmente restaurada, mas levará pelo menos um mês para recuperar todos os serviços.
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G1
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