Resolução histórica prevê três fases para cessar hostilidades, libertar reféns e reconstruir Gaza, mas cumprimento por Israel e Hamas ainda é incerto
Sabrina Oliveira Publicado em 11/06/2024, às 10h29
Nesta segunda-feira, 10 de junho, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução histórica visando um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. A decisão foi unânime, com 14 votos a favor e uma abstenção da Rússia. No entanto, a aplicação prática do acordo ainda é incerta, dada a complexidade do conflito e a relutância de ambos os lados em ceder.
O acordo, elaborado por Israel e proposto pelos Estados Unidos, estabelece três fases distintas para alcançar a paz e a reconstrução na região devastada pela guerra. A primeira fase envolve um cessar-fogo absoluto de seis semanas, a retirada das forças israelenses das áreas densamente povoadas de Gaza e a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
O presidente dos EUA, Joe Biden, que desempenhou um papel crucial nas negociações, expressou confiança de que esse acordo pode levar à libertação dos reféns remanescentes e ao fim do conflito, que começou em 7 de outubro de 2023 e resultou na morte de mais de 37 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Durante este cessar-fogo, a assistência humanitária será intensificada, com 600 caminhões de suprimentos sendo permitidos a entrar em Gaza diariamente. Na segunda fase, será negociada a libertação dos demais reféns, incluindo homens e soldados, em troca de mais prisioneiros palestinos, seguida pela retirada total das tropas israelenses de Gaza.
A terceira fase visa a reconstrução de Gaza, um processo que deve durar décadas devido à extensão dos danos causados pela guerra. Biden destacou que, se o Hamas cumprir seus compromissos, o cessar-fogo temporário poderá se tornar uma cessação permanente das hostilidades.
Apesar da aprovação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, manteve uma postura firme, afirmando que Israel continuará a guerra até destruir as capacidades militares do Hamas. O grupo Hamas, por sua vez, saudou a resolução e afirmou estar pronto para cooperar com mediadores para a implementação do acordo.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em visita ao Oriente Médio, pediu aos países da região que pressionem o Hamas a aceitar a proposta. A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, reiterou a importância de pressionar o Hamas a aceitar o acordo para que os combates possam cessar imediatamente.
Hoje, o Conselho manda uma mensagem clara ao Hamas: aceite a proposta posta na mesa. Israel já aceitou o acordo e os combates poderiam parar hoje, se Hamas fizer o mesmo. Repito: os combates poderiam parar hoje", afirmou Linda.
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