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Mulher terá corpo dissecado durante programa de televisão

A britânica que documentou sua batalha contra um câncer morreu em 2020

A mulher morreu em 2020, deixando dois filhos pequenos - Imagem: reprodução / divulgação UOL / Canva
A mulher morreu em 2020, deixando dois filhos pequenos - Imagem: reprodução / divulgação UOL / Canva

Bianca Souza Publicado em 09/11/2022, às 10h02


Uma mulher, morta em 2020, deve ter seu corpo dissecado em um programa de TV, no Reino Unido, depois de conceder seus restos mortais, por meio de documentos, para estudos.

Aons 30 anos, Toni Crews foi diagnosticada com um câncer que afeta glândulas e tecido epitelial de vários órgãos, em 2016.

Depois de realizar exames, o tumor da mulher foi localizado na glândula lacrimal, um local raro, e já estava se espalhando para outras partes do rosto de Toni.

Buscando a cura, Toni decidiu começar a narrar diariamente seu cotidiano com a doença. Os textos escritos pela britânica, mãe de dois filhos pequenos, farão parte do programa 'My Dead Body' (em portugês, 'Meu Corpo Morto'), que deve documentar os estudos sobre seu corpo.

A série, que deve estrear em dezembro pela emissora Channel 4, usou uma tecnologia para reproduzir a voz de Toni, que vai ser a narradora da história.

A britânica recebeu em 2020 o diagnóstico de metástase, depois de alguns exames apontarem que o câncer havia se espalhado para os pulmões, ossos e a camada de gordura que envolve a pele.

A professora de anatomia na Escola de Medicina de Brighton e Sussex, Claire Smith, é a lider das pesquisas no corpo de Toni, junto a uma equipe que conta com universitários, de acordo com o Mirror.

Claire falou sobre a exibição do estudo em rede nacional. "Nós somos muito privilegiados de explorar a jornada do câncer graças à incrível doação feita pela Toni".

"Com o documentário, nós tivemos a chance de convidar mais de mil estudantes, incluindo enfermeiras, paramédicos e neurocientistas, que normalmente não teriam a chance de aprender sobre esse câncer raro", afirmou a médica.

Anna Miralis, uma das editoras do Channel 4, comentou sobre a importância do documentário. "Ele conta uma das histórias mais íntimas, de como uma jovem mãe lutou bravamente pela vida contra uma forma rara de câncer".

"Doando seu corpo para exibição pública de uma forma inédita no Reino Unido, Toni Crews nos oferece uma visão extraordinária e única sobre a jornada contra essa doença".

"A presença de sua voz com os textos de seus diários, cartas e postagens nas redes sociais garante que o filme esteja repleto do acolhimento e generosidade que caracterizaram a vida inspiradora de Toni", concluiu.

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