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GUERRA

IMAGENS FORTES: Exército de Israel diz que pode ter matado Yahya Sinwar, atual líder do Hamas

Comando militar afirma que três membros do grupo foram eliminados na Faixa de Gaza, sendo que um deles é possivelmente o número 1 da organização

Exército de Israel diz que pode ter matado Yahya Sinwar, atual líder do Hamas - Imagem: Reprodução / X
Exército de Israel diz que pode ter matado Yahya Sinwar, atual líder do Hamas - Imagem: Reprodução / X

William Oliveira Publicado em 17/10/2024, às 10h01


As Forças de Defesa de Israel informaram nesta quinta-feira (17) que eliminaram três membros do Hamas na Faixa de Gaza, sendo que um deles possivelmente é Yahya Sinwar, apontado como o líder máximo do grupo. A confirmação das identidades dos alvos ainda está pendente, segundo comunicado dos militares israelenses.

O informe também destaca que não foram encontrados indícios da presença de reféns israelenses, capturados em 7 de outubro de 2023, na área onde a operação foi conduzida.

No mesmo dia, um bombardeio israelense atingiu uma escola em Jabalia, usada como abrigo para deslocados, resultando em 28 mortes conforme dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. O grupo nega o uso do local para atividades militares. Não está claro se este ataque foi o mesmo que culminou na morte dos três militantes.

Quem é Yahya Sinwar?

Yahya Sinwar é considerado a principal liderança do Hamas na Faixa de Gaza. Ele assumiu o comando total do grupo após a morte de Ismael Haniyeh no Irã, em uma operação atribuída a Israel em julho.

Sinwar cumpriu 23 anos em prisões israelenses, condenado por quatro penas de prisão perpétua devido à morte de dois soldados israelenses e quatro palestinos acusados de espionagem a favor de Israel. Foi libertado em 2011 junto com mais 1.026 prisioneiros palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado cinco anos antes pelo Hamas.

Durante negociações para um cessar-fogo em 2018, Sinwar escreveu pessoalmente uma mensagem em hebraico ao então primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, resumindo-se a "risco calculado". Em resposta, Israel permitiu a entrada regular de ajuda financeira do Catar na Faixa de Gaza, sem atender a outras demandas como troca de prisioneiros e levantamento do bloqueio ao território.

Desde os anos 2000, após uma série de ataques seletivos realizados por Israel contra líderes do Hamas, Sinwar e outros dirigentes têm se refugiado em bunkers e evitado aparições públicas.

Ele é apontado como um dos arquitetos dos ataques terroristas ocorridos em 7 de outubro de 2023, quando ações coordenadas do Hamas resultaram na morte de aproximadamente 1.200 pessoas em Israel e no sequestro de mais de 200 reféns para Gaza. Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas e intensificou suas operações na região, com relatos do grupo indicando mais de 42 mil mortes até o momento, muitas delas entre mulheres e crianças.

Daniel Hagari, porta-voz das forças armadas israelenses, declarou após os ataques: "Yahya Sinwar, o líder do Hamas que reacendeu a guerra entre a Palestina e Israel, é um homem morto".

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