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ESPANHA

Corpo da Santa Teresa de Ávila é exumado para estudos

Segundo a Diocese de Ávila, o corpo da santa continua na mesma condição desde a sua última exumação, em 1914

Corpo da Santa Teresa de Ávila é exumado para estudos - Imagem: Reprodução / Ordem do Carmelo / Diocese de Ávila
Corpo da Santa Teresa de Ávila é exumado para estudos - Imagem: Reprodução / Ordem do Carmelo / Diocese de Ávila

William Oliveira Publicado em 11/09/2024, às 11h33


Após 442 anos de sua morte, o corpo de Santa Teresa de Jesus, também conhecida como "Teresa de Ávila", foi exumado para a realização de estudos na Espanha. Segundo a igreja, o corpo dela continua em um bom estado de conservação.

O intuito da exumação é fazer uma análise das relíquias da santa, que incluem o corpo, o coração, um braço e uma mão. O procedimento contou com a participação de cientistas e médicos italianos.

De acordo com a Diocese de Ávila, em um primeiro momento, foi possível observar que o corpo da santa continua conservado, da mesma forma que desde a sua última exumação, em 1914. Para isso, os cientistas realizaram uma comparação das fotos tiradas há 110 anos do rosto e dos pés da santa.

"Não há cor, porque a pele está mumificada, mas é visível, especialmente na metade do rosto. É possível ver bem. Os médicos especialistas conseguem ver quase claramente o rosto de Teresa”, afirmou o padre Marco Chiesa, postulador geral da Ordem dos Carmelitas Descalços.

Para realizar o estudo, os pesquisadores tiraram novas fotos e fizeram radiografias da santa. Todo o material coletado foi encaminhado para um laboratório na Itália.

No decorrer das próximas semanas, um relatório com conclusões científicas sobre a conservação da santa deve ser divulgado. "Poderemos conhecer dados de grande interesse sobre Teresa e também recomendações para a conservação das relíquias", disse o padre Chiesa.

Guardada a 10 chaves

No momento, o corpo da santa é guardado a 10 chaves em um túmulo na Espanha, sendo que três estão com as Carmelitas Descalças, três com o padre geral das Carmelitas em Roma, três com o Duque de Alba e uma com o rei, Felipe VI. Cada conjunto de chaves abre uma parte do túmulo: a grade, o cofre de mármore e o cofre de prata.

Todo o processo de abertura do túmulo foi feito no fim de agosto e precisou de uma autorização prévia do Papa Francisco. O procedimento existe desde o século 17.

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