A China promulgou neste sábado (23) uma lei que limita as tarefas e cursos extracurriculares, uma iniciativa que tem o objetivo de reduzir a grande pressão
Redação Publicado em 24/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 22h36
A China promulgou neste sábado (23) uma lei que limita as tarefas e cursos extracurriculares, uma iniciativa que tem o objetivo de reduzir a grande pressão sofrida pelos alunos, informou a imprensa estatal.
Nos últimos meses, o governo aprovou diversas regras com a meta de combater atividades que considera prejudiciais ao desenvolvimento infantil.
Pequim já havia proibido os menores de idade de jogar videogames por mais de três horas semanais para combater o que considera uma dependência. Também reduziu drasticamente a possibilidade de aulas particulares e de reforço.
Nas últimas semanas, o governo também adotou mais medidas ideológicas contra a ‘idolatria das celebridades”, em particular no que diz respeito a programas de televisão com a participação de artistas que o regime considera “vulgares” e “afeminados”.
A partir de agora, as autoridades locais devem “fortalecer a supervisão para reduzir a carga dos alunos em termos de tarefas e cursos extracurriculares”, destacou a agência oficial Xinhua, em referência à lei aprovada neste sábado pelo Parlamento.
“Os pais devem distribuir de maneira razoável o tempo dedicado aos estudos, descanso, entretenimento e atividade física dos menores de idade para não sobrecarregar o aprendizado e evitar qualquer dependência da internet”, afirma o texto.
A lei, que recebeu o nome de “promoção da educação familiar”, entrará em vigor em 1º de janeiro 2022.
O sistema escolar da China é muito seletivo. Os chineses se preparam desde a infância para passar, aos 18 anos, na prova de acesso às universidades, que determina se o estudante está em condições ter acesso ao Ensino Superior e em qual estabelecimento.
Polícia organiza saída de estudantes das escolas para prestarem vestibular em Liu’an, na China, na última segunda (6) — Foto: Reuters
Neste contexto, muitos pais gastam verdadeiras fortunas para matricular os filhos nas melhores escolas ou providenciam aulas particulares, o que afeta suas finanças e a saúde dos menores de idade.
Com o envelhecimento da população, efeito colateral de décadas de políticas muito restritivas sobre o controle da natalidade, a China tenta agora reverter a tendência e permite que os casais tenham até três filhos.
Mas os custos vinculados à educação provocam dúvidas entre os pais e o governo tenta, com as novas leis para reduzir a carga escolar em vários aspectos, estimular o aumento da taxa de natalidade.
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