A China afirmou nesta quinta-feira (27) aos Estados Unidos que as preocupações de segurança da Rússia a respeito da crise na Ucrânia devem ser levadas a
Redação Publicado em 28/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 12h23
A China afirmou nesta quinta-feira (27) aos Estados Unidos que as preocupações de segurança da Rússia a respeito da crise na Ucrânia devem ser levadas a sério. O alerta foi feito durante uma ligação entre os chefes de diplomacia das duas potências mundiais.
Na conversa, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, também disse ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, que os EUA devem “parar de interferir” nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim e “parar de brincar com fogo” em relação a Taiwan.
A ligação ocorreu a poucos dias da cerimônia de abertura dos Jogos, mas abordou principalmente a crise na Ucrânia, onde a presença de mais de 100 mil tropas russas na fronteira provocam o temor de uma nova invasão.
A Rússia nega ter intenções hostis e justifica a mobilização de seu exército pela preocupação com sua segurança ante a possível expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sobre a área de influência do país.
Comboio de veículos blindados russos em rodovia na Crimeia, região da Ucrânia que foi invadida e anexada pela Rússia em 2014, em foto de 18 de janeiro de 2022. Rússia concentra mais de 100 mil soldados, com tanques e outras armas pesadas, perto da fronteira com o país vizinho, no que países ocidentais temem que possa ser um prelúdio de uma nova invasão. — Foto: AP
“As preocupações razoáveis de segurança da Rússia devem ser levadas a sério e resolvidas”, declarou Wang, de acordo com o comunicado divulgado pelo governo chinês. “A segurança regional não pode ser garantida pelo fortalecimento ou, inclusive, a expansão dos blocos militares”.
“Todas as partes deveriam abandonar completamente a mentalidade da Guerra Fria e formar um mecanismo de segurança europeu equilibrado, efetivo e sustentável por meio de negociações”, insistiu o ministro.
Blinken, por outro lado, advertiu o colega chinês para “os riscos econômicos e de segurança global que representam uma agressão da Rússia contra a Ucrânia e concordou que a ‘desescalada’ e a diplomacia são a maneira responsável de se proceder”, disse seu porta-voz, Ned Price.
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G1
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