O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, estabelecerá plano para combater desigualdades no Reino Unido, enquanto tenta superar escândalo de festas em sua
Redação Publicado em 02/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h50
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, estabelecerá plano para combater desigualdades no Reino Unido, enquanto tenta superar escândalo de festas em sua residência oficial de Downing Street, durante o lockdown para conter a pandemia de covid-19. Ele retoma assim uma das grandes promessas políticas que o tornou primeiro-ministro em 2019.
O governo diz que identificou 12 ações a fim de mudar o foco e os recursos para as comunidades “esquecidas” do Reino Unido até 2030, o que considera a maior mudança de poder de Londres para líderes locais nos tempos modernos.
Outras metas incluem aproximar o transporte público local do padrão londrino, estender 5G e banda larga com fibra ótica a todo o país e trabalhar para eliminar o analfabetismo e a falta de números entre os que abandonaram a escola primária.
“Desde o primeiro dia, a missão definidora deste governo foi nivelar o país, quebrar o vínculo entre geografia e destino para que assim, não importando onde você viva, tenha acesso às mesmas oportunidades”, disse Johnson.
Ele está delineando a política enquanto luta para fortalecer o cargo de primeiro-ministro, após revelações de festas em Downing Street e outros prédios do governo durante o lockdown pela covid-19, que repercutiram mal entre eleitores e afastaram parlamentares em seu próprio Partido Conservador.
Um relatório sobre as reuniões, divulgado na segunda-feira (31) mostrou “sérios fracassos de liderança” no coração do governo britânico.
Johnson adotou o sloganleveling up (nivelando por cima) nas eleições de 2019, como síntese para combater as desigualdades regionais, particularmente entre antigas áreas industriais, Londres e o sudeste.
Juntamente com a promessa de “concluir o Brexit”, a promessa de investir dinheiro em cidades da Inglaterra ajudou o governo a conquistar assentos parlamentares em 2019, em áreas que nunca haviam votado antes nos conservadores.
Opositores políticos dizem que a iniciativa é populista e carece de substância ou dinheiro novo, e os líderes locais analisarão atentamente se há novos gastos no plano.
Lisa Nandy, porta-voz do Partido Trabalhista, de oposição, descreveu a nova política como “potes de dinheiro reciclados”.
Ela disse que muitas áreas ainda estão sendo prejudicadas por cortes no financiamento local, impostos pelos conservadores na última década.
Acrescentou que as cidades só vão prosperar quando as pessoas tiverem dinheiro suficiente para gastar, algo que se tornará mais difícil quando os impostos, as contas de energia e os preços dos alimentos aumentarem este ano.
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REUTERS
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