O Rio de Janeiro da Baixada Santista e a disputa de narrativas eleitorais que envolve a Enel

Guarujá “sequestrada”

A cidade que já foi chamada de Pérola do Atlântico hoje está “sequestrada pelo crime organizado”, segundo relatório do GAECO (MP), baseado em longa investigação da inteligência da Policia Militar.

Tiros

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Um dia após o relatório se tornar público, uma base da PM foi alvo de tiros no Guarujá.Felizmente ninguém saiu ferido.

Câmara cúmplice

Entre os políticos investigados por favorecer empresas ligadas ao PCC estão o secretário de Educação do Guarujá e 6 vereadores, incluindo o presidente da Câmara e os parlamentares Raphael Vitiello e Fernando Peitola.

2° turno

Vitiello (PP), no terceiro mandato como vereador, é candidato a prefeito do Guarujá e tem como vice Fernando Peitola (MDB). A dupla disputa a prefeitura contra Farid Madi (Podemos) e Toninho Salgado (SD). Farid passou a andar com seguranças desde o final do primeiro turno.

Aliciamento

A campanha de Farid foi à polícia denunciar o roubo e a destruição de materiais de campanha. Circulam em grupos de WhatsApp vídeos que mostram menores de idade retirando as bandeiras de Farid de vários pontos da cidade. Um dos menores disse que a ordem vem das comunidades e pra cada bandeira entregue ao líderes do crime organizado, eles recebem 20 reais.

Apoios

Ex-prefeito do Guarujá, Farid conseguiu algo inédito: o apoio da maioria dos adversários para o segundo turno. Nicolaci (PL), Pepe da City (PSB), Thaís Margarido (União) e Coronel Cláudio (PRTB) já frequentam o palanque de Farid e têm mobilizado seus apoiadores em favor do candidato do Podemos.

O grande apoio

Os apoios em massa começaram a aparecer logo depois do governador Tarcísio de Freitas gravar vídeo pedindo votos e falando da parceria e confiança entre ele e Farid.

Palavra chave

O clima na cidade é de “todos contra o crime” e a palavrachave utilizada pelos aliados de Farid, e por ele mesmo, é “resgate”.

Pesquisas

Paraná, Data Folha e Quaest não mostraram Ricardo Nunes com vantagem considerável sobre Guilherme Boulos no segundo turno. Mesmo depois do apagão causado pela tempestade, pela incompetência da Enel e pelo alto número de árvores na fila da poda em São Paulo.

Hoje

A estratégia da campanha de Guilherme Boulos de tentar colar o caos à imagem do prefeito não deu os resultados esperados, por enquanto. Tudo vai depender do que acontecer entre hoje e amanhã em São Paulo, com a previsão de uma nova tempestade na cidade.

Escudeiro

No que depender do governador Tarcísio de Freitas, porém, vai ser difícil colar em Ricardo Nunes a responsabilidade por um eventual novo apagão. O governador foi duríssimo com a direção da Enel em reunião fechada nesta quinta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, para traçar um plano de contingência para evitar um novo apagão na cidade por conta da tempestade que deve chegar nas próximas horas.

Rasgou o verbo

Tarcísio teria dito que a Enel é “odiada” por todos, que os executivos deveriam “sentir vergonha” de pensar na renovação do contrato e que “falta humanidade” à empresa. No início da semana o governador já havia dito ser contra a renovação do contrato com a Enel, que segundo ele, “deveria sair do Brasil”.Ao final do encontro de ontem, Tarcísio não cumprimentou o presidente da Enel, Guilherme Lancastre.

Errata

Na semana passada, no tira teima do “calculador de bancadas”, escrevi que Marina Bragante, da Rede, não foi eleita. Erro meu, não do Maurício Martins, afinal o nome dela eatava na lista. Marina será uma das 20 mulheres eleitas vereadoras na cidade a partir do ano que vem, credenciada por 39.147 eleitores.

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