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UFC: Jake Collier revela razão para subir duas divisões: “Matava meu corpo perdendo 22kg para lutar”

Quem vê o peso-pesado Jake Collier lutando não imagina que ele já esteve duas categorias de peso abaixo no UFC. Ex-peso-médio e ex-peso-meio-pesado, o

UFC: Jake Collier revela razão para subir duas divisões: “Matava meu corpo perdendo 22kg para lutar”
UFC: Jake Collier revela razão para subir duas divisões: “Matava meu corpo perdendo 22kg para lutar”

Redação Publicado em 17/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 12h59


Quem vê o peso-pesado Jake Collier lutando não imagina que ele já esteve duas categorias de peso abaixo no UFC. Ex-peso-médio e ex-peso-meio-pesado, o lutador, que pesava 106kg, tinha de perder 22kg para bater o peso da divisão. Na coletiva após o UFC Kattar x Chikadze, o americano disse que decidiu subir para o peso-pesado por sentir que estava literalmente matando seu corpo no corte de peso.

– Eu me matava para bater 84kg, porque meu peso normal era de 106kg. Eu chegava a 93kg e não tinha mais nada para cortar. Aquilo acabava comigo. Eu realmente estava matando o meu corpo. No peso-meio-pesado eu também precisava de um tempo para me recuperar. Hoje, no peso-pesado, eu estou me sentindo confortável. Normalmente eu vinha para as lutas tentando ser muito profissional. “Sem, senhor! Não, senhor!” Dessa vez eu quis ser eu mesmo e me divertir. Dar entrevistas sendo quem eu sou. Se não gostarem de mim, não tem problema. Eu não ligo. Vim aqui para lutar.

A vitória por finalização sobre Chase Sherman no co-evento principal no último sábado foi uma surpresa até mesmo para Collier, que jamais havia conseguido uma finalização no UFC, e sequer treina com quimono. Na conversa com os jornalistas, o lutador revelou que a posição não estava bem encaixada, e só percebeu que poderia vencer ali quando o rival gemeu de dor com a pressão que sentiu no queixo.

– O mata-leão não estava bem encaixado no começo. Meu braço estava no queixo dele. Como eu queria melhorar a pegada, fui para um estrangulamento curto, para poder acertar socos também, se fosse preciso. Mas eu o ouvi gemer de dor, e vi que o negócio era apertar o quanto pudesse. Foi especial, porque foi a minha primeira finalização no UFC. Eu costumo nocautear ou ir para a decisão dos juízes, e agora finalizei. Foi bem legal, especialmente porque nunca coloquei um quimono na minha vida. Sou um faixa branca de elite (risos). As pessoas não sabem o quanto eu sou bom no chão. Por mim, tudo bem… (risos). Quer ir para o chão? Vamos lá. Quer trocar em pé? Eu prefiro lutar assim, por isso gostei tanto do casamento da luta contra Chase Sherman.

Jake Collier venceu Chase Sherman no UFC Kattar x Chikadze — Foto: Getty Images

Jake Collier venceu Chase Sherman no UFC Kattar x Chikadze — Foto: Getty Images

Falando sobre a luta contra Chase Sherman, Jake Collier admitiu que começou o combate de forma displicente, e somente após ser atingido por um duro golpe do rival é que “entrou na luta”. O lutador também disse que não esperava uma vitória fácil, mas revelou ter previsto para seu treinador a sequência de lances que o levaram à finalziação no primeiro round.

– Eu me senti meio estranho no começo da luta, lançando golpes de qualquer maneira, como se estivesse numa briga. “O que estou fazendo?”, eu pensei. Eu só entrei mesmo na disputa quando ele me acertou um soco bem forte. Aí, sim, a luta começou. Achei que ele começaria a luta sendo mais agressivo, mas ele me deixou ditar o ritmo do combate. Foi bom, porque é mais fácil lutar andando pra frente do que andando pra trás. Pra falar a verdade, eu não fazia ideia de como a luta se desenrolaria. Eu achava que eu e Chase iríamos fazer uma guerra de três rounds. Mas eu também disse ao meu treinador: “Se ele der um chute descuidado, eu vou agarrar a sua perna, dominar a sua lateral, vou montar, dar algumas cotoveladas, ele vai me dar as costas e eu vou estrangulá-lo. Palavra de honra, pode perguntar a ele. Acabei ficando na meia-guarda, não montei, mas peguei as costas dele. É o que acontece quando um cara grande como eu fica por cima de alguém desferindo cotoveladas. Não é brincadeira.

Falando antes de saber que seria um dos agraciados com o bônus de “Performance da Noite”, Collier disse que pretendia dar uma trave de futebol ao filho mais novo. Ele também se disse aliviado por vencer sem precisar do julgamento dos juízes laterais pois, segundo ele, a sua última luta (em que foi derrotado por Carlos Boi em 2021) foi “um roubo”.

– Não tivemos nenhuma outra finalização na noite. Só tivemos um outro nocaute. Que tal? Eu faria bom uso dos US$ 50 mil de bônus. Tenho três filhos… (risos). Meu filho mais novo precisa de uma trave de futebol, então provavelmente eu darei uma a ele. Falando sério, eu sou um fã de lutas. Gosto de ver verdadeiras guerras. Já estive em algumas lá dentro e posso dizer que não é legal como nos sentimos na semana seguinte a elas. Mas os fãs gostam, e eu sou um deles. Chase é um guerreiro, e poderíamos ter feito uma luta desse tipo, mas vitória é vitória, ainda mais no UFC. Ele é muito duro e estou feliz por tê-lo finalizado. Eu tinha na minha cabeça que precisava nocautear ou finalizar, porque achei que fui roubado na minha última luta.

Sem lesões, Collier disse estar disposto a lutar em março, e deixou um recado claro ao UFC ao pedir mais do que duas lutas por ano.

– Março seria uma data ótima para eu voltar. Me deem um bom adversário. Eu disse que, se fizesse uma boa luta contra Chase, gostaria de enfrentar Andrei Arlovski, que é uma lenda, logo em seguida. Espero que acertem essa luta, que é um jogo bom para mim, pouco importa se em uma arena lotada ou em uma arena vazia. Luta é luta. O que eu quero é me manter ativo. Estou cansado de lutar duas vezes por ano. Não estou lesionado, não fui muito golpeado. Vamos lá.

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GE

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