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Só três jogadores do São Paulo que se lesionaram após o Paulistão jogaram mais de 60% do estadual

A dedicação do São Paulo ao Campeonato Paulista, na missão de encerrar o incômodo jejum de oito anos sem conquistar um título, geralmente é citada como causa

SAO PAULO
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Redação Publicado em 12/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h44


A dedicação do São Paulo ao Campeonato Paulista, na missão de encerrar o incômodo jejum de oito anos sem conquistar um título, geralmente é citada como causa das muitas lesões em jogadores após a vitória no torneio. Alguns dados, porém, enfraquecem essa tese e ampliam questionamentos sobre as condições dos atletas tricolores.

Entre os 12 jogadores que se machucaram no São Paulo depois da final contra o Palmeiras, só três deles disputaram mais de 60% dos jogos do Paulistão: Arboleda, Luan e Luciano.

O volante Luan foi quem mais jogou, em 14 (87,5%) das 16 partidas do time no estadual. Arboleda esteve em campo 13 vezes (81%), enquanto Luciano atuou em 10 jogos (62%).

Luciano é o jogador lesionado há mais tempo afastado no São Paulo — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc

Luciano é o jogador lesionado há mais tempo afastado no São Paulo — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc

Os outros lesionados fizeram menos da metade das partidas no Paulista, sendo que dois deles nem estavam no elenco durante o estadual: Miranda (sete jogos), Welington (seis), Hernanes (cinco), Eder (quatro), Diego Costa (três), William (três), Marquinhos (zero) e Rigoni (zero).

Nesse grupo, a exceção é Gabriel Sara, que fez nove jogos, mas que, quando se lesionou, teve um trauma no pé esquerdo ocasionado por uma pancada, e não uma uma contusão muscular, geralmente associada ao desgaste dos atletas.

O São Paulo preferiu não dar folgas longas a seus jogadores entre o Brasileiro de 2020 – que terminou em 25 de fevereiro deste ano – e o Paulista, que começou três dias depois. Alguns poucos atletas tiveram pequenos períodos de descanso durante o estadual.

O Paulistão teve só quatro rodadas antes de ser paralisado por ordem do Governo de São Paulo como medida de contenção da pandemia de Covid-19, que teve uma segunda onda em março. A competição ficou parada por mais de mês e, quando foi retomada, teve jogos remarcados com períodos de apenas um dia entre um e outro. Ao mesmo tempo, o São Paulo iniciou a disputa da fase de grupos da Libertadores.

Benítez chegou a ficar oito jogos fora do São Paulo por lesão — Foto: Alexandre Durão

Benítez chegou a ficar oito jogos fora do São Paulo por lesão — Foto: Alexandre Durão

Por causa dessa maratona, o técnico Hernán Crespo escalou times reservas em três jogos no Paulista (Guarani, Ituano e Mirassol), além de um time misto contra o Corinthians. Fez o mesmo na Libertadores, quando priorizou os mata-matas estaduais, poupando titulares contra o Rentistas, fora, e contra Racing e Sporting Cristal, em casa.

Esses cuidados não evitaram as lesões no clube. Titulares como Daniel Alves e Luciano, além de Eder, que começava a disputar um lugar no ataque, tiveram contusões musculares ainda durante o Paulista. Benítez se machucou no jogo de ida da final, contra o Palmeiras, e passou oito jogos longe do time.

Os problemas se acentuaram após o estadual, com os 12 atletas que foram desfalques do time desde então.

Na última quarta-feira, contra o Palmeiras, pela Libertadores, Welington deixou o campo com dores – o clube ainda não informou o diagnóstico.

Ele se junta agora no departamento médico a outros colegas. Luciano é quem está há mais tempo longe da equipe, desfalque há 15 jogos. Além deles, estão em recuperação Eder (oito jogos fora), Marquinhos (três), Diego Costa (dois) e William (dois).

É provável que todos eles continuem como desfalques no sábado, quando o São Paulo enfrenta o Grêmio, às 21h (de Brasília), no Morumbi, pelo Brasileiro. Na próxima terça-feira, o time encara o Palmeiras, fora de casa, no jogo de volta da Libertadores.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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