São 20 gols em oito partidas, números que colocam o São Paulo disparado como o melhor ataque do Campeonato Paulista. Além deste número que evidencia a consistência ofensiva, o time de Hernán Crespo também tem premiado os próprios atacantes, e Pablo surge como maior beneficiário do modo de jogo do argentino.
Pablo é o artilheiro e jogador mais eficiente do São Paulo no Paulistão com três gols e duas assistências. O gol anotado na vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no Allianz Parque, fez o camisa 9 se isolar de Reinaldo, que soma a participação direta em quatro gols da equipe na temporada (dois gols e duas assistências).
Dos sete atacantes inscritos no Paulistão, apenas Galeano, que atuou como ala direito diante do Guarani, e Bruno Rodrigues ainda não balançaram as redes adversárias. Além de Pablo, Vitor Bueno, Luciano, Eder e Rojas já anotaram gols no Paulistão. Na visão de Crespo, o sucesso tem a ver com o esquema.
– O sistema de jogo que temos aproveita muito a capacidade dos jogadores que jogam na frente. Luciano fez gol, Pablo fez gol, Vitor Bueno fez gol, Eder fez gol – reiterou o treinador do São Paulo.
– Queremos ser uma equipe ofensiva, para nós é fundamental um centroavante com vontade de fazer gol, e Pablo e Vitor Bueno têm – declarou Crespo.
A citação específica reforça a visão do treinador sobre Vitor Bueno. Durante as últimas semanas, Crespo adiantou o camisa 12 para a posição de centroavante, aprovada pelo jogador. A tendência é de que ele surja como alternativa a Pablo durante a temporada.
A produção ofensiva segue em alta depois do melhor início da equipe neste quesito desde a passagem de Rogério Ceni, em 2017. Tanto com o atual treinador do Flamengo quanto com Crespo, o São Paulo fez 15 gols nas cinco primeiras rodadas, alcançando a alta média de três gols por partida no início do estadual.
A produção ofensiva se torna relevante assim que comparada com os grandes rivais do estado. Somados, Corinthians, Palmeiras e Santos anotaram 22 gols, apenas dois a mais do que o time de Crespo.
Evidentemente, palmeirenses (cinco jogos e oito gols) e santistas (seis partidas e cinco gols) entraram em campo menos vezes, o que limita a comparação. Porém, o Corinthians de Vagner Mancini, com os mesmos oito compromissos, só foi às vezes nove vezes, menos da metade dos comandados de Crespo até aqui.