O domingo que começou com a notícia da perda de três posições no grid do GP do Catar para Valtteri Bottas, por desrespeitar uma bandeira amarela na
Redação Publicado em 26/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h23
O domingo que começou com a notícia da perda de três posições no grid do GP do Catar para Valtteri Bottas, por desrespeitar uma bandeira amarela na classificação da etapa, terminou com o abandono do finlandês da corrida após seu pneu furar no meio da prova. Nesta semana, a Mercedes revelou que o dano nos compostos se deu porque o piloto tentava abrir vantagem sobre Fernando Alonso, de olho no terceiro lugar.
– Bem, basicamente estávamos tentando alcançar Fernando. Ele estava com pneus duros relativamente frios e Valtteri foi mais rápido, ganhando alguns décimos por volta. Se tivéssemos ficado três ou quatro voltas a mais na pista, poderíamos ter construído aquela janela em relação a ele. Valtteri pararia para colocar novos pneus duros e sairia na frente. Era esse o plano – comentou Andrew Shovlin, diretor de engenharia da equipe alemã.
Alonso vinha em terceiro lugar até fazer seu primeiro pit stop na volta 23, trocando os pneus macios com os quais largou pelos duros; Bottas seguia com os mesmos pneus médios do início da corrida até então – e se parasse antes de abrir uma boa vantagem sobre o espanhol da Alpine, corria o risco de ser superado ao retornar de seu pit stop.
Porém, o pneu do finlandês estourou na volta 33, deixando-o sem alternativas. O piloto da Mercedes chegou a parar na brita, mas arrastou o carro pela pista até chegar aos boxes, onde adotou os compostos duros. Antes terceiro colocado, Bottas caiu para 14º.
– O momento foi muito ruim. Valtteri sentiu na mesma hora que nós vimos nos dados, e aí já era tarde demais para ele entrar no pit lane porque ele ainda tinha toda a volta pela frente para fazer. Não nos custou só tempo de corrida, mas desempenho – completou Shovlin.
O finlandês da Mercedes ainda conseguiu recuperar mais duas posições; porém, acabou retirando-se da corrida na volta 48, pouco antes de Lando Norris, George Russell e Nicholas Latifi também sofrerem com problemas em seus pneus.
– Não houve nenhum aviso, nenhuma vibração, nenhuma perda de aderência, tudo parecia normal e o ritmo estava muito consistente e então aconteceu. Para ser honesto, não foi a primeira vez. O carro estava muito prejudicado, só não queríamos quebrá-lo mais – lamentou Bottas.
O diretor de engenharia da Mercedes explicou que o fato de Bottas ter sido forçado a trazer o carro para o pitlane sem uma das rodas acabou provocando danos que comprometeram seu carro, impossibilitando sua permanência na corrida e a integridade do mesmo para o fim do campeonato:
– Quando você não tem a roda que segura o carro no lugar, o carro se arrasta na pista e acaba danificado, no assoalho e outros elementos aerodinâmicos. Tivemos um grande impacto no desempenho do carro, que entendemos nas voltas seguintes. Ficou claro que não íamos conseguir colocar Valtteri entre os dez primeiros, o dano era muito para ele lutar com qualquer um.
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Globo Esporte
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