Diário de São Paulo
Siga-nos

LBFF 2021: após drama, AmazonCripz festeja acesso à elite

Se a história da equipe manaura de Free Fire, AmazonCripz, fosse vendida como filme, certamente seria uma de superação. Em abril, o time, que estava bem na

LBFF
LBFF

Redação Publicado em 10/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h37


Se a história da equipe manaura de Free Fire, AmazonCripz, fosse vendida como filme, certamente seria uma de superação. Em abril, o time, que estava bem na série B da LBFF e acreditava na subida para a elite, teve como maior adversário a energia elétrica. Após serem prejudicados por um apagão que afetou 17 bairros em Manaus, a AmazonCripz não conseguiu a vaga na Série A. O drama acabou sendo noticiado no Brasil e no mundo e serviu como mola propulsora para o reviravolta da narrativa: que foi a conquista da vaga na elite do campeonato da Garena. Para alguns esse já poderia ser o final feliz, mas a AmazonCripz ainda mira na vaga para o Mundial. A sexta temporada da LBFF começará no dia 28 de agosto.

O Apagão

Na época do apagão, o time do Amazonas não tinha GH própria e jogou a temporada inteira de uma LAN House em Manaus. Nunca tinham tido problemas. Até que no dia 3 de abril, na única oportunidade que teria para subir para a Série A, pelo Grupo de Acesso, veio a queda elétrica.

– Foi no dia mais importante da nossa vida. Na primeira queda de energia, numa trocação com a Black Dragons… a gente já tinha derrubado dois, estávamos ganhando a call e do nada o apagão. A gente morreu primeiro e foi um baque para os meninos – relatou o CEO Andryw Antony.

Depois do ocorrido na terceira queda, jogadores e técnico foram para o carro jogar no plano de dados do celular. Enquanto rodavam pelo centro da cidade procurando melhor sinal de internet, a energia voltou.

Free Fire: apagão em Manaus faz Amazon Cripz tentar vaga via 4G — Foto: Reprodução/WhatsApp

Free Fire: apagão em Manaus faz Amazon Cripz tentar vaga via 4G — Foto: Reprodução/WhatsApp

– Voltamos para a Play Games [LAN House] para jogar as outras quedas. Na metade das outras quedas, novamente o apagão veio e foi quando a gente desestabilizou total – lamentou Antony.

A organização ficou em último lugar no Grupo de Acesso conseguindo apenas 17 pontos. A permanência na Série B foi inevitável, e a AmazonCripz sabia que teria que começar tudo novamente para conseguir realizar o sonho de disputar a Série A.

– Teve um lado positivo que o cenário inteiro ficou sabendo. Sensibilizou todo mundo. Começaram a torcer por nós. Acho que esse foi o lado positivo – contou o jogador Gabriel “Master”.

Free Fire: CEO da AmazonCripz chora após time jogar no 4G por apagão — Foto: Reprodução/Instagram

Free Fire: CEO da AmazonCripz chora após time jogar no 4G por apagão — Foto: Reprodução/Instagram

O Despertar

Para a nova etapa, o time saiu de Manaus e, com a ajuda do governo estadual, se mudou para São Paulo. Além da proximidade com os outros times, o ping (delay) também melhorou drasticamente.

A disputa do Grupo de Acesso vinha com um grande desafio pela frente. Entre os times que lutavam pela permanência na elite estava a Liquid, campeã da LBFF 1. As nove quedas no dia 31 de julho, com o booyah na sétima partida celebrado pela AmazonCripz, carimbou definitivamente a subida do time que tanto sonhou com a Série A. A equipe ficou em terceiro na classificação e subiu junto com a Voltz e a Equipe X. O Santos, por sua vez, garantiu a permanência.

Amazon Cripz celebra série A  — Foto: Reprodução

Amazon Cripz celebra série A — Foto: Reprodução

Além do novo status de elite do Free Fire, os jogadores acreditam que o patamar alcançado também ajudará financeiramente e que poderão ajudar ainda mais as família que ficaram em Manaus.

– Acredito que agora na Série A vai melhorar muito. Eu consegui ajudar um pouco, mas acredito que agora vou conseguir ajudar mais ainda – contou Master, ao relatar que o começo longe da família foi bem desafiador.

Ao contrário da LBFF, a nova etapa dá vaga para o Mundial. Além de Master, Luiz Henrique “Salles”, Breno “Prozin”, Diego “Didi”, Gadiel “Dieln” e o técnico Hytalo “Apache” miram em ir mais longe.

– Sendo bem realista, eu ficaria muito feliz se conseguíssemos uma vaga no Mundial: primeiro ou segundo colocado. Esse é um dos nossos objetivos e acredito que com trabalho a gente vai conseguir – concluiu Master.

.

.

.

Fontes: Ge – Globo Esporte.

Compartilhe  

últimas notícias