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Jogo contra o Equador tem marca histórica: é o milésimo duelo do Brasil contra seleções nacionais

Pode até não valer muita coisa, já que o Brasil já está classificado para as quartas de final e vai seguir em observação na Copa América. Mas este Brasil x

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Redação Publicado em 27/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h43


Levantamento de estatístico inglês, combinado a números da CBF, aponta partida deste domingo como a de número 1.000 da Seleção. No total, são 1.113 partidas desde 1914

Pode até não valer muita coisa, já que o Brasil já está classificado para as quartas de final e vai seguir em observação na Copa América. Mas este Brasil x Equador desta noite de domingo, às 18h, no estádio Olímpico tem componente histórico: é o milésimo jogo do Brasil contra seleções nacionais.

O levantamento obtido pelo ge trata-se de combinação dos números da própria CBF até o fim de 2017, com dados acumulados ao longo dos anos pelo estatístico inglês Dennis Woods.

Se você já ouviu falar de jogo 1.000 da Seleção há uns bons anos atrás, é preciso, novamente, explicar a diferença de critérios. O jogo de número 1.000 geral da seleção brasileira, de acordo com a CBF, foi realizado em 14 de novembro de 2012, num empate por 1 a 1 com a Colômbia nos EUA. Nesta conta, o jogo contra o Equador deste domingo pela Copa América será o de número 1.114. Nela, constam mais 114 jogos, porém todos eles sem envolver seleções nacionais. Apenas contra clubes e combinados.

Três exemplos recentes que não entram nesta conta dos 1.000 jogos contra seleções nacionais:

  • em 2002 e em 2004, o Brasil venceu a seleção da Catalunha por 3 a 1 e 5 a 2.
  • Em 2006, na preparação para a Copa da França, o Brasil goleou por 8 a 0 a seleção de Luzern, cidade suíça onde a Seleção treinava.

Também não entram, evidentemente, jogos contra clubes. Para ficar num exemplo mais recente também, não consta na lista de confrontos contra seleções nacionais o Brasil 2 x 2 Barcelona de 1999, na comemoração do centenário do clube catalão. A história da Seleção, aliás, sempre envolveu duelos com clubes. Entre 1934 e 1935 foram 20 duelos contra times e combinados como o próprio Barcelona, Benfica/Belenenses, diversos times do Nordeste e River Plate, da Argentina.

Discordância de critérios

Com levantamento impressionante da seleção brasileira ao longo dos últimos anos, Dennis segue a Seleção desde o fim dos anos 1970 e assistiu a jogos da Copa América de 2019 no Brasil. Ele considera nove jogos não contabilizados pela CBF – entre 1996 e 2003, da Copa Ouro. Por sua vez, a CBF também inclui outras exatas nove partidas que Dennis desconsidera. Neste caso, critérios distintos para partidas entre seleções.

– A CBF não inclui porque o Brasil teve um time sub-23 – explica Dennis, ressaltando, porém, que os dados “empatam”.

– Os jogos que a CBF considera e eu não são estes: em 1968, jogo contra time da Fifa (seleção formada); em 1976, contra um time dos EUA em que até Bobby Moore (inglês) jogou. Em 1981, foi time de Liga Irlandesa, não a República da Irlanda e em jogos de 1988 (Suécia), 1991 (Romênia), 1995 (Romênia e Polônia) e 1996 (Polônia), as equipes foram restritas por idade (equipes olímpicas mais alguns jogadores acima da idade, neste caso apenas em 1996). E por último, o amistoso de 2006 foi contra o Al-Kuwait, um clube, não um país – relata.

Neymar é um dos maiores artilheiros da história da seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Neymar é um dos maiores artilheiros da história da seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo / CBF

Dennis tem 60 anos. Em 2017, ele contribuiu com a CBF para corrigir dado equivocado da Fifa de gol de Gabriel Jesus. O inglês participou do livro “Todos os jogos do Brasil” com os jornalistas brasileiros Ivan Soter, André Fontenelle, Mario Schwartz e Valmir Storti, hoje responsável pelo Espião Estatístico do ge. O último levantamento levou em consideração os arquivos próprios, mais o de um dos historiadores da CBF, o jornalista Antônio Carlos Napoleão. Ele recebeu de Napoleão total de 1.073 jogos catalogados pela CBF até o final de 2017.

– Dos 1.073 jogos, são 114 amistosos contra clubes e combinados. Tirando esses 114, ficam 959 jogos. Do início de 2018 até o jogo contra a Colômbia são mais 40 jogos, o que dá 999 jogos contra seleções. Mais a partida desde domingo contra o Equador, então serão 1.000 jogos contra seleções – explica Dennis Woods, que também foi colaborador do site RSSSF, de arquivo impressionante do futebol brasileiro e mundial.

Confira resumo dos 999 jogos do Brasil contra seleções nacionais:

  • 637 vitórias
  • 204 empates
  • 158 derrotas
  • 2178 gols marcados
  • 985 sofridos
  • Aproveitamento de 70,5%.

Outras curiosidades dos 999 jogos:

  • Amistosos contra seleções: 408 partidas
  • Copa do Mundo: 109 partidas
  • Eliminatórias: 116 partidas
  • Copa América: 186 partidas
  • Copa das Confederações: 33 partidas
  • Copa Roca: 21 partidas
  • Copa Rio Branco: 18 partidas
  • Copa Ouro: 14 partidas

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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