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Corrupção

FIFA proíbe Neymar de transformar possível gol em ato político durante Copa

A organização esclareceu o motivo para restringir esse tipo de manifestação

Neymar Jr durante treinamento na equipe do Paris Saint-Germain (PSG) - Imagem: reprodução/Facebook
Neymar Jr durante treinamento na equipe do Paris Saint-Germain (PSG) - Imagem: reprodução/Facebook

Mateus Omena Publicado em 25/10/2022, às 13h41


A FIFA anunciou que não vai permitir que o atacante Neymar faça homenagem ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em campanha pela reeleição, durante jogo na Copa do Mundo, no Catar. As disputas terão início em novembro.

Durante live de apoio ao atual presidente, no último sábado (22), o jogador do Paris Saint-Germain (PSG) prometeu fazer o símbolo 22, em referência ao número do candidato, na comemoração do seu primeiro gol na disputa no país árabe.

No entanto, o gesto é proibido pelas regras da FIFA para o Mundial. A organização responsável pelo futebol mundial não permite manifestações políticas durante as partidas, exceto em defesa dos direitos humanos.

Neymar, que está sendo julgado por corrupção na Espanha, por ações durante sua transferência do Santos para o Barcelona em 2013, declarou na live que seria maravilhoso se Bolsonaro fosse reeleito e o Brasil conquistasse o título da Copa, segundo a coluna de Rodrigo Mattos, no UOL.

Em seu depoimento ao tribunal de Barcelona, no dia 8 de outubro, Neymar declarou que assinava os documentos apresentados por seu pai. O jogador respondia sobre supostas irregularidades na polêmica transferência do Santos para o Barcelona em 2013.

"Eu assino o que ele pede", declarou Neymar durante o julgamento, para se defender das acusações de fraude.

O jogador disse que não se recorda se intercedeu nos contatos com o Barcelona para sua transferência. Sobre as negociações de contratos, ele afirmou: "Meu pai sempre cuidou de tudo, sempre foi responsável por isso”.

Além de Neymar, seus pais, os ex-presidentes do Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho também são processados, assim como três pessoas jurídicas: Barcelona, Santos e a empresa fundada pelos pais do jogador para administrar sua carreira.

Punição rígida

O Ministério Público espanhol pede para Neymar, acusado de corrupção empresarial, dois anos de prisão e o pagamento de multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões, na cotação atual).

O fundo de investimentos DIS, que possuía parte dos direitos econômicos do atacante quando ele era uma jovem promessa, também acusa a todos os envolvidos pela suposta ocultação do valor real de sua transferência para o Barça em 2013.

O Barcelona FC havia explicado em um primeiro momento que a contratação de Neymar custou 57,1 milhões de euros (40 milhões para a família e 17,1 para o Santos), mas a justiça espanhola calculou que a operação custou ao menos 83 milhões de euros (R$ 431 milhões, na cotação atual).

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