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Donos do melhor desempenho do Brasil no boxe olímpico, Hebert, Bia e Abner desembarcam em SP

Chegou na manhã desta quarta-feira a São Paulo o trio que proporcionou o melhor desempenho do boxe do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Cada um com sua

OLIMPICO
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Redação Publicado em 11/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h34


Chegou na manhã desta quarta-feira a São Paulo o trio que proporcionou o melhor desempenho do boxe do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Cada um com sua medalha na bagagem, Hebert Conceição, Bia Ferreira e Abner Teixeira desembarcaram no aeroporto de Guarulhos trazendo também o orgulho de terem representado o país com grande destaque nas Olimpíadas de Tóquio.

Responsável pelo segundo ouro do boxe brasileiro em Olimpíadas (Róbson Conceição foi o pioneiro no Rio, em 2016), o carismático Hebert “Rocambole” foi protagonista de um dos momentos mais espetaculares dos Jogos, quando vinha em desvantagem na luta decisiva, mas, quase no fim, acertou um autêntico míssil no rosto do Oleksandr Khyzhniak, fazendo com que o ucraniano perdesse o rumo de casa e obrigasse o árbitro a encerrar o combate.

Hebert trouxe o ouro e a história de um nocaute sensacional — Foto: Renan Vieira

Hebert trouxe o ouro e a história de um nocaute sensacional — Foto: Renan Vieira

– Foi algo incrível o que aconteceu. Fiquei muito feliz de poder ter acertado um cruzado daquele bonito. Era o que eu estava precisando na luta, porque estava perdendo. Mas é um golpe que eu treino muito, principalmente na situação que eu estava ali, de luta franca, luta trocada. É uma situação que eu treino muito, e eu pude executar. Antes eu tentei, mas não pegou. Mas eu sabia que uma hora poderia pegar, tanto o meu quanto o dele, mas como eu estava perdendo mesmo não liguei se pegasse em mim porque eu já tinha perdido na pontuação. E que bom que acertei o meu ali e virei a luta, em um grande triunfo para a gente aqui no Brasil, e trouxe essa dourada.

Dona de muito talento, determinação e simpatia, Bia também voltou orgulhosa, porém com a certeza de que ficou muito perto de igualmente levar o ouro para casa. Para a baianinha, a irlandesa Kellie Anne Harrington foi precisa na estratégia escolhida e soube vencer na decisão, sob a ótica dos cinco árbitros que davam as pontuações.

Bia mostra com orgulho sua medalha de prata — Foto: Renan Vieira

Bia mostra com orgulho sua medalha de prata — Foto: Renan Vieira

– Estou feliz, mas não satisfeita porque sei do meu potencial e sei que poderia ser campeã. A luta continua. Mérito da minha adversária que se preparou e conseguiu ter um belo jogo naquele combate. Ela também é campeã mundial, de 2018, e eu sabia que teria de usar uma estratégia melhor. Procurei a luta o tempo todo, só que ela soube enrolar um pouco e acabou sendo mais inteligente do que eu. Mas é isso, acontece. Infelizmente não foi dessa vez, mas em Paris vai sair – avisou a medalhista de prata na categoria até 60kg.

Abner, por sua vez, fez questão de ressaltar a importância daquela que, para ele, segue sendo fundamental em sua carreira e que foi uma das razões para que o paulista de 24 anos voltasse de Tóquio com a bela medalha de bronze no pescoço: dona Izaudite Sampaio.

Abner dividiu com dona Izaudite a conquista da medalha de bronze — Foto: Renan Vieira

Abner dividiu com dona Izaudite a conquista da medalha de bronze — Foto: Renan Vieira

– Minha mãe fez tudo o que ela pôde para incentivar minha carreira, para ajudar a chegar esse momento aqui, que é chegar a uma Olimpíada e conquistar uma medalha. Se alguém tem uma parcela importante dessa conquista, com certeza é ela – reconheceu o paulista de Osasco.

Ao todo, foram seis atletas brasileiros no boxe, e que fizeram um total de 17 lutas, vencendo 12: Hebert ganhou suas quatro lutas; Bia venceu três e perdeu uma; Abner venceu duas e perdeu uma; Wanderson de Oliveira teve o mesmo desempenho (porém estreou na fase de dezesseis avos, enquanto Abner já começou nas oitavas); Keno Machado venceu uma e perdeu uma; e Graziele Sousa perdeu na estreia.

Desempenho do Brasil no boxe em Tóquio

Feminino
Graziele Sousa (até 51kg) – caiu nas oitavas para a japonesa Tsukimi Namiki, que perdeu na semi para a campeã olímpica Stoyka Zhelyazkova Krasteva, da Bulgária.
Bia Ferreira (até 60kg) –medalha de prata

Masculino
Wanderson de Oliveira (até 63kg) –caiu nas quartas para o bicampeão mundial e atual campeão olímpico Andy Cruz, de Cuba.
Hebert Conceição (até 75kg) –medalha de ouro
Keno Machado (até 81kg) – caiu nas quartas para o britânico Benjamin Whittaker, que perdeu a final para o cubano Arlen Lopez.
Abner Teixeira (até 91kg) – medalha de bronze

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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