São Paulo e Palmeiras abrem nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Morumbi, as quartas de final da Libertadores de 2021. Rivais históricos,
Redação Publicado em 10/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h58
São Paulo e Palmeiras abrem nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Morumbi, as quartas de final da Libertadores de 2021. Rivais históricos, são-paulinos e palmeirenses já duelaram outras vezes em disputas de mata-mata do torneio sul-americano.
Nas edições de 1994, 2005 e 2006, o Tricolor levou a melhor nas três disputas contra o Verdão e avançou de fase – todos os confrontos foram válidos pelas oitavas de final.
Antes, porém, a competição sul-americana já havia recebido o Choque-Rei. Em 1974, Palmeiras e São Paulo dividiram grupo na primeira fase com os bolivianos Jorge Wilstermann e Deportivo Municipal. As vitórias no Morumbi (2 a 0) e no Palestra Italia (2 a 1) foram determinantes para a classificação tricolor – o Verdão terminou com a segunda posição da chave.
Morumbi recebe nesta terça-feira mais um São Paulo x Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
Os confrontos mais recentes colocaram frente a frente times históricos como o São Paulo de Telê Santana contra o Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo, além do Tricolor de Rogério Ceni contra o Verdão de Marcos.
Relembre 10 curiosidades dos mata-matas entre São Paulo e Palmeiras na Libertadores:
O São Paulo estreou na Libertadores de 1994 somente nas oitavas de final, por ser na época o atual campeão. O Palmeiras passou por um grupo que tinha Cruzeiro, Vélez Sarsfield e Boca Juniors, mas, como ficou em terceiro e atrás da equipe mineira, enfrentou a equipe tricolor logo na primeira rodada do mata-mata.
O jogo de ida, disputado no Pacaembu, teve um grande destaque: o goleiro são-paulino Zetti. Com grandes defesas, ele segurou investidas de Edmundo, Evair e companhia e foi importante para manter o placar zerado.
Em 1994, melhores momentos de São Paulo 0 x 0 Palmeiras, pela Libertadores da América
O Tricolor também teve oportunidades no clássico, que foi movimentado do início ao fim, mas Gato Fernandez não foi tão decisivo quanto o goleiro são-paulino.
Com passagem pelo Verdão na década de 1980, Zetti fez história com a camisa do São Paulo. Ele também conquistou a Copa do Mundo de 1994 e hoje trabalha como coordenador da preparação de goleiros da base do Tricolor.
O time histórico do Palmeiras no início da década de 1990 foi marcado por craques, títulos e também algumas confusões. Um dos episódios de atrito entre Vanderlei Luxemburgo e Edmundo ocorreu no primeiro confronto das oitavas da Libertadores de 1994.
Ao ser substituído por Edilson na segunda etapa, Edmundo bateu boca com Luxemburgo. A discussão continuou após a partida, via imprensa, com promessas de afastamento e pedido para não atuar mais.
O time do Palmeiras na goleada contra o Boca Juniors, na fase de grupos — Foto: Agência Estado
– Ele pertence ao Palmeiras, tem que respeitar o Palmeiras, o torcedor, os companheiros, o comando. Ele faltou com respeito. Não é o dono do Palmeiras. Ele está fora, está entregue à diretoria o caso do Edmundo porque ele pediu para não ser escalado – disse Luxemburgo.
– Para entrar e jogar tendo a certeza que eu vou sair, aí não aceito, não… Eu falei que se é pra sair toda hora eu prefiro não entrar… O Vanderlei está sempre querendo resolver as coisas com briga, assim não resolve nada. Tem de resolver as coisas conversando – afirmou Edmundo.
Para Edmundo, o seu momento no Palmeiras poderia influenciar em uma convocação para a Copa de 1994. O atacante não participou das rodadas finais do Paulistão, mas, fora da lista de Carlos Alberto Parreira, voltou a ser aproveitado por Luxemburgo nos amistosos no Japão. Ele foi titular no segundo jogo das oitavas de final e não foi substituído.
A diretoria do Palmeiras aproveitou a paralisação no calendário de 1994 durante a disputa da Copa do Mundo dos Estados Unidos para fazer uma excursão ao exterior.
O empate sem gols no confronto de ida das oitavas de final da Libertadores foi disputado no dia 27 de abril. Depois de compromissos pela Copa do Brasil e de confirmar a conquista do Paulistão, o time de Vanderlei Luxemburgo enfrentou uma sequência de longas viagens e amistosos por cerca de um mês.
Da Colômbia, o Verdão passou por Rússia e depois Japão antes de retornar ao Brasil a três dias do confronto de volta contra o São Paulo. O elenco seguiu para uma rápida concentração na cidade de Atibaia, preocupado com o desgaste. O duelo decisivo foi disputado no dia 24 de julho.
– Isso já me preocupava antes mesmo de irmos para lá. O ideal era que tivéssemos chegado com uma semana de antecedência, para nos readaptarmos ao fuso horário daqui – disse Vanderlei Luxemburgo em registro da Folha de S.Paulo do dia 23 de julho de 1994.
A paralisação no calendário em 1994 permitiu a Palmeiras e São Paulo contar com os jogadores que disputaram a Copa do Mundo nos Estados Unidos no segundo jogo das oitavas de final da Libertadores.
Uma semana após conquistarem o tetracampeonato com a seleção brasileira, cinco atletas entraram em campo no jogo que deu ao São Paulo a vaga nas quartas de final do torneio sul-americano.
Do lado tricolor, Zetti, Cafu e Muller foram titulares no confronto do Morumbi. Os palmeirenses campeões nos Estados Unidos e que jogaram na derrota por 2 a 1 foram os meio-campistas Mazinho e Zinho.
Brasil copa 1994 — Foto: Getty Images
Campeão paulista de 2005, o São Paulo foi surpreendido pela decisão de Emerson Leão, que se transferiu para o futebol japonês após a conquista do torneio estadual. Para a vaga, a diretoria tricolor anunciou no dia 29 de abril a contratação de Paulo Autuori.
Com menos de um mês de clube, ele já teve destaque importante contra os rivais e embalou para os títulos históricos daquela temporada.
No dia 8 de maio, o Tricolor goleou o Corinthians por 5 a 1 no Pacaembu, pelo Brasileirão. Nas semanas seguintes, nos dias 18 e 25, duas vitórias são-paulinas contra o Palmeiras, nas oitavas de final Libertadores: 1 a 0 no Palestra Italia e 2 a 0 no Morumbi.
Paulo Autuori no São Paulo, em 2005 — Foto: GettyImages
Em crise, o Palmeiras tomou a decisão de demitir o técnico Emerson Leão dias antes do primeiro confronto contra o São Paulo, pelas oitavas de final da Libertadores de 2006.
Após sofrer uma goleada contra o Figueirense, pelo Brasileirão, os dirigentes do Verdão optaram pela troca no comando. Mas quem assumiu a equipe foi Marcelo Vilar, então técnico do time B do Palmeiras, que disputava a Série A2 do Paulistão.
Marcelo Vilar, no Botafogo-PB, em fevereiro deste ano — Foto: Rayssa Melo / Botafogo-PB
O treinador promoveu mudanças na equipe, mas não teve sucesso na Libertadores. No total, Marcelo Vilar dirigiu a equipe em cinco jogos, com dois empates e três derrotas. Ele ocupou o cargo até a chegada de Tite, hoje treinador da seleção brasileira.
Depois, com a demissão de Tite, dirigiu o Verdão em mais sete jogos até a contratação de Jair Picerni, com duas vitórias, um empate e quatro derrotas.
Além de vitórias do São Paulo contra o Palmeiras, os confrontos de volta das oitavas de final da Libertadores de 2005 e 2006 tiveram outra coincidência: o Tricolor teve um atleta expulso.
Em 2005, o placar ainda estava zerado no início da segunda etapa quando Juninho Paulista conseguiu bom drible e foi segurado por Josué na entrada da área – o palmeirense ficaria livre e em boa posição para abrir o placar. O árbitro Salvio Spinola mostrou segundo amarelo e expulsou o volante.
O São Paulo manteve a defesa zerada e confirmou a classificação com gols de Rogério Ceni e Cicinho, aos 36 e 48 minutos do segundo tempo.
No ano seguinte, o empate em 1 a 1 levava a decisão para as cobranças de pênaltis. No Morumbi, o Palmeiras suportava a pressão do São Paulo quando teve uma chance clara com Edmundo, que passou pela marcação e arrancou livre em direção ao gol. Na entrada da área, porém, Leandro parou a jogada com carrinho por trás e interrompeu a melhor oportunidade do Verdão.
O atacante são-paulino recebeu cartão vermelho pela jogada, e os palmeirenses não conseguiram aproveitar a cobrança de falta. Nos acréscimos, Paulo Baier deixou o Verdão com um a menos, e após a partida Marcinho Guerreiro e Thiago Gomes foram expulsos por reclamação.
Os duelos entre Palmeiras e São Paulo na Libertadores aumentaram a rivalidade entre os dois times dentro e fora de campo. E um capítulo especial desses confrontos foi a arbitragem.
Em 1994, os são-paulinos reclamaram da atuação do árbitro João Paulo Araujo. Na segunda etapa do primeiro jogo, depois de grande pressão palmeirense, o Tricolor reclamou da não marcação de um pênalti de César Sampaio, que puxou a camisa de Euller.
Anos depois, os confrontos de 2005 e 2006 também tiveram polêmicas com a arbitragem. Em 2005, os palmeirenses pediram pênalti após disputa entre Correa e Mineiro na área são-paulina. Depois, foi a vez de Correa tocar com o braço na área no lance que fez Rogério Ceni abrir o placar.
Em 2006, o gol de empate do Verdão foi em cobrança de uma falta na lateral que os tricolores não concordaram com a marcação. Mas a maior reclamação foi palmeirense, nos minutos finais.
O clássico estava empatado em 1 a 1 quando o árbitro Wilson Souza de Mendonça desviou um passe do Verdão no meio de campo e armou contra-ataque para os tricolores. Junior avançou, fugiu de falta de Correa e dividiu com Cristian dentro da área. O árbitro marcou pênalti a favor do São Paulo, o que gerou revolta entre os alviverdes. Rogério Ceni precisou de duas cobranças – Wilson Souza de Mendonça mandou voltar a primeira batida – para classificar a equipe tricolor.
Os confrontos de 2005 tiveram o lateral-direito Cicinho como destaque do São Paulo nos confrontos contra o Palmeiras. No jogo de ida, no estádio Palestra Italia, ele marcou um lindo gol de fora da área na vitória tricolor por 1 a 0.
Na partida de volta, disputada no Morumbi, foi do lateral o gol que fechou o placar em 2 a 0 a favor dos são-paulinos. O lance em cobrança de falta nos acréscimos do confronto também fez história na Libertadores: foi o de número 10 mil na competição sul-americana.
A história entre Palmeiras e São Paulo na Libertadores poderia ter chegado a 2021 com mais um capítulo se não fossem as eliminações dos dois rivais nas oitavas de final na temporada de 2013.
O Tricolor deu adeus ao torneio após ser goleado pelo Atlético-MG em Belo Horizonte, enquanto o Verdão foi surpreendido pelo Tijuana, do México, ao perder por 1 a 0 no Pacaembu depois de empatar sem gols fora de casa.
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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