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CEO da Fórmula 1 diz que categoria pode provar que carros elétricos não são única solução

Novo CEO da Fórmula 1, o italiano Stefano Domenicali deixou claro que a categoria não pretende implantar motores totalmente elétricos nos próximos anos. Para

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Redação Publicado em 28/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h04


Para Stefano Domenicali, outras formas de se conseguir potência para os motores, como a tecnologia híbrida usada atualmente, podem servir à indústria automotiva

Novo CEO da Fórmula 1, o italiano Stefano Domenicali deixou claro que a categoria não pretende implantar motores totalmente elétricos nos próximos anos. Para o dirigente, as atuais unidades híbridas de potência, com utilização de gasolina e também sistemas de recuperação de energia e turbos, mostram que há diversos caminhos a serem seguidos pela indústria automotiva.

– Sustentabilidade pode ser vista numa dimensão de CO2 ou em outras coisas relacionadas a isso, mas vamos focar nas emissões ou tecnologia. Penso que a Fórmula 1 tem um grande futuro para mostrar que não existe apenas eletrificação no mundo automotivo. Acho que a hibridização é um ótimo caminho e terá um grande futuro – comentou Domenicali à TV inglesa Sky Sports.

Novo CEO da F1, Stefano Domenicali conversa com o atual chefe da Ferrari, Mattia Binotto — Foto:  Lars Baron/Getty Images

Novo CEO da F1, Stefano Domenicali conversa com o atual chefe da Ferrari, Mattia Binotto — Foto: Lars Baron/Getty Images

As atuais especificações de motores foram adotadas em 2014, em substituição aos motores aspirados de oito cilindros. Apesar de as emissões de gases poluentes terem sido reduzidas, as unidades de potência são criticadas pelo alto custo de operação e complexidade de construção – há sistemas de recuperação de energia por intermédio da energia dissipada nos freios e pelos gases expelidos pelo carro, sem contar o tradicional motor a combustão. Nesse cenário, Domenicali espera que a F1 atraia novos fabricantes de motores além de Mercedes, Ferrari, Renault e Honda (que sai no fim deste ano):

– A Fórmula 1 tem que usar isso para garantir que os fabricantes vão investir, para mostrar que existe essa forma de ser sustentável de uma forma diferente. Isso é algo que quero focar a atenção das equipes e dos OEMs para o futuro, com grande atenção nos custos. O erro cometido no passado estava relacionado a colocar apenas a tecnologia no topo da prioridade e não o custo.

Atuais unidades de potência da F1 foram implantadas em 2014 — Foto: Peter Fox/Getty Images

Atuais unidades de potência da F1 foram implantadas em 2014 — Foto: Peter Fox/Getty Images

Apesar de o regulamento técnico da F1 sofrer profundas alterações nos carros em 2022, apenas em 2026 haverá mudanças nos motores. As especificações ainda não foram definidas, mas espera-se que as novas unidades de potência sejam mais baratas e menos complexas.

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