A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) divulgou na segunda-feira um balanço da participação do Brasil no vôlei das Olimpíadas de Tóquio. No geral, o
Redação Publicado em 17/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h10
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) divulgou na segunda-feira um balanço da participação do Brasil no vôlei das Olimpíadas de Tóquio. No geral, o resultado foi considerado abaixo do esperado pela CEO Adriana Behar, duas vezes vice-campeã olímpica na praia. A prata conquistada pela seleção feminina de quadra foi o ponto positivo na avaliação da entidade.
– Os resultados do Brasil nos Jogos Olímpicos foram bons. O do voleibol, não, com exceção da seleção feminina de quadra, que obteve um excelente 2º lugar, melhorando, em muito, o resultado no Rio. Temos que enfrentar a realidade e usar informação de qualidade para fazer um diagnóstico e mudar o jogo rápido para o próximo ciclo olímpico. A nossa expectativa vinha baseada nos resultados anteriores, que estavam, de fato, sendo muito bons. Chegamos com algumas duplas de praia entre as primeiras do ranking, nossas duplas femininas disputaram a final do Major de Gstaad, último torneio antes das Olimpíadas, e as seleções de quadra vindo de um título e um segundo lugar na Liga das Nações. É claro que esperávamos por mais medalhas, mas é do esporte – disse Adriana Behar.
Na Rio 2016, o Brasil conquistou três medalhas no vôlei: foi campeão na quadra com a equipe masculina, foi ouro também na praia com Alison e Bruno Schmidt e prata na praia com Ágatha e Bárbara Seixas. Em Tóquio, além da prata da seleção feminina de quadra, o Brasil foi quarto colocado no torneio masculino de quadra e pela primeira vez não chegou às semifinais em nenhuma disputa na praia.
Apesar do resultado abaixo do esperado, o vôlei ainda é a modalidade que mais levou o Brasil ao pódio das Olimpíadas, empatado com o judô. São 24 medalhas conquistadas, sendo 13 na praia e 11 na quadra.
– Temos um novo ciclo pela frente, dessa vez mais curto, onde temos de buscar um planejamento bem rebuscado. Estamos fazendo uma análise sobre o que pode ser melhorado e trazendo pessoas experientes para nos ajudar nesse trabalho para o futuro – disse Adriana Behar.
– Na parte técnica, a Criação de Grupos de Trabalho, com atletas e/ou técnicos vitoriosos, para que possam dar sugestões e participar do planejamento, buscando um maior desenvolvimento da base e do vôlei brasileiro
– Ter como missão da CBV, para o próximo ciclo olímpico, ser um prestador de serviços de alta qualidade para que o ecossistema do voleibol brasileiro floresça como referência nacional e internacional não só em termos de resultados esportivos, mas, também, governança, inserção social, desenvolvimento e geração de negócios
– Visar que a CBV seja superavitária e que gerencie bem os seus riscos para poder investir no desenvolvimento do esporte. É necessária uma mudança de cultura na entidade, instituir centros de custos e lucros, fazer um balanço transparente de ativos e passivos entre todas as partes interessadas
– Reforçar o papel das nossas Federações no fomento e desenvolvimento do voleibol em todo o país. A capilaridade de nossas federações é um fator potencial de transformação social do Brasil, além de fundamental para a descoberta de jovens talentos do voleibol
– Utilizar o voleibol no desenvolvimento de projetos sociais e de pesquisa. O potencial do voleibol para captação de recursos internacionais e de leis nacionais de incentivo para pesquisa de ponta é substancial. Tanto para o desenvolvimento da modalidade, como para as áreas de saúde, educação e gestão em geral, dado que cada vez mais se comprova a influência do esporte na qualidade de vida da população
– Seguindo um caminho de transformação digital da atualidade, utilizar mais o marketing digital e as redes sociais, buscando aumentar a base de fãs do voleibol brasileiro, principalmente o público jovem. Entre elas, uma novidade será trazer para a CBV as NFT’s (tokens não-fungíveis), que são uma nova tendência na indústria esportiva mundial, com casos de sucesso como na NBA, permitindo novas formas de interação entre organizações esportivas, atletas e fãs, trazendo novas fontes de receitas e experiências a todos os participantes
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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