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Análise: Santos sofre demais, vê ideias esbarrarem em noite ruim e não se adapta ao gramado

Apesar da classificação às quartas de final da Copa do Brasil, o Santos não teve uma boa noite nesta quinta-feira, diante da Juazeirense. O time comandado

SANTOS
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Redação Publicado em 06/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h27


Apesar da classificação às quartas de final da Copa do Brasil, o Santos não teve uma boa noite nesta quinta-feira, diante da Juazeirense. O time comandado pelo técnico Fernando Diniz não conseguiu se adaptar ao gramado ruim do estádio Adauto Moraes e viu suas ideias irem por água abaixo.

A atuação muito ruim, principalmente no primeiro tempo, fez o Santos perder por 2 a 0 para a Juazeirense. O Peixe só se classificou às quartas de final por causa da goleada por 4 a 0 no jogo de ida, na Vila Belmiro.

Num torneio de mata-mata, com partidas de ida e volta, o que vale é a soma dos dois resultados. E o Santos tem méritos por ter goleado no jogo de ida, que garantiu a classificação. Isso, porém, não apaga a atuação muito abaixo da média e do esperado diante de um adversário que está três divisões abaixo no Campeonato Brasileiro – a Juazeirense disputa a Série D.

Ângelo tem noite apagada em derrota do Santos — Foto: Ivan Storti / Santos FC

Ângelo tem noite apagada em derrota do Santos — Foto: Ivan Storti / Santos FC

Para entender a derrota por 2 a 0 nesta quinta-feira é preciso contextualizar. Por causa da vantagem construída na Vila Belmiro, o Santos entrou em campo com apenas três titulares fora de casa. Além disso, o gramado ruim do estádio Adauto Moraes tem participação notável na qualidade do jogo.

Isto posto, é preciso, também, criticar: o Santos não soube organizar seus reservas, por causa de ideias de Fernando Diniz que não foram traduzidas no que o treinador esperava, e não conseguiu se adaptar às condições do gramado.

O Santos entrou em campo com duas improvisações que não surtiram efeito e tiveram contribuição direta para o desempenho do primeiro tempo – quem aqui escreve acredita que Fernando Diniz seja o responsável por isso: o volante Vinicius Balieiro na zaga e o centroavante Marcos Leonardo aberto pela esquerda não foram bem.

Marcos Leonardo aberto pela esquerda não surtiu efeito — Foto: Ivan Storti / Santos FC

Marcos Leonardo aberto pela esquerda não surtiu efeito — Foto: Ivan Storti / Santos FC

A primeira etapa do Santos foi praticamente toda disputada no lado esquerdo de seu ataque, onde o jogo estava completamente congestionado. Os meias Vinicius Zanocelo e Gabriel Pirani não conseguiram distribuir as jogadas a ponto de fazer Ângelo, pela direita, também ter participação em lances ofensivos.

Desta forma, o Santos foi previsível durante todo o primeiro tempo e ainda sofreu em jogadas pelo alto, por onde a Juazeirense entendeu ser o caminho mais curto para tirar a vantagem do jogo de ida.

Era assim, inclusive, que o próprio Santos deveria ter tentado criar suas jogadas, também. Afinal, o gramado ruim do Adauto Moraes não proporcionava muitas condições para trocar passes, fazer jogadas em profundidade ou manter a posse de bola por muito tempo no campo ofensivo sem ser desarmado. A bola queimava.

No segundo tempo, o Santos controlou o jogo com a entrada dos titulares Kaiky, Lucas Braga, Marcos Guilherme e Carlos Sánchez. O quarteto aumentou o nível do futebol do Peixe, mas também não conseguiu fazer com que a equipe comandada por Fernando Diniz se impusesse diante da Juazeirense.

O Santos volta para casa com a classificação assegurada, mas, sem dúvidas, com o técnico Fernando Diniz com dores de cabeça por causa da atuação no primeiro tempo desta quinta-feira. E domingo é dia de clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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