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Análise: em jogo de detalhes, Santos mostra novas armas para vencer mesmo com um a menos

O Santos entrou em campo para enfrentar o Libertad, do Paraguai, na Vila Belmiro, com uma formação diferente da habitual. Em vez de três atacantes, Fernando

SANTOS
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Redação Publicado em 13/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h49


O Santos entrou em campo para enfrentar o Libertad, do Paraguai, na Vila Belmiro, com uma formação diferente da habitual. Em vez de três atacantes, Fernando Diniz optou por uma escalação com quatro meio-campistas. E deu resultado: vitória por 2 a 1, nesta quinta-feira, e classificação mais próxima para as semifinais da Copa Sul-Americana.

O Santos foi escalado para a partida de ida das quartas de final com Camacho, Jean Mota, Carlos Sánchez e Gabriel Pirani no meio de campo. No ataque, Lucas Braga e Marcos Guilherme, sem um centroavante de ofício.

Desta forma, Fernando Diniz resolveu um problema recorrente no Santos: a falta de criatividade pelo meio. Nas últimas partidas, o Peixe apostava demais, e além do necessário, em jogadas pelos lados, sem resultado nos cruzamentos.

Enquanto esteve com 11 jogadores em campo nesta quinta-feira, o Santos procurou mais o meio. “Forçou” tabelas entre Gabriel Pirani e Jean Mota – como resultado de uma delas, inclusive, Marcos Guilherme ficou cara a cara com o goleiro adversário, mas perdeu ótima chance.

O Santos, porém, não tem conseguido resolver problemas recorrentes. Um deles é o sufoco que passa a cada contra-ataque adversário. No primeiro tempo, o Libertad quase abriu o placar em uma jogada de velocidade.

É comum que o Santos sofra em lances assim, já que, por estratégia, joga com suas linhas muito altas. O que o Peixe precisa fazer para evitar isso é melhorar a cobertura, a pressão quando perder a bola e a recomposição defensiva para proteger João Paulo.

Fernando Diniz comemora gol do Santos contra o Libertad — Foto: Staff Images/Conmebol

Fernando Diniz comemora gol do Santos contra o Libertad — Foto: Staff Images/Conmebol

A expulsão do zagueiro Kaiky aconteceu justamente num lance de vacilo do Santos. A equipe perdeu a bola no ataque, o Libertad explorou as costas da zaga e aproveitou a falta de cobertura para se aproximar da área de João Paulo.

No lance, Felipe Jonatan perde na velocidade para o adversário, Kaiky não consegue acompanhá-lo e precisa fazer a falta para tentar evitar o gol do Libertad. O zagueiro é expulso e de nada adianta, já que os paraguaios empatam na cobrança.

Com o empate no placar e um a menos, o Santos não conseguiu manter o volume de jogo do primeiro tempo, mas não entregou todo o campo para o Libertad. Aqui, vale destacar, o Peixe fez tudo isso mesmo sem grandes alterações táticas do técnico Fernando Diniz.

Depois da expulsão de Kaiky, o treinador tirou apenas o meia Gabriel Pirani para recompor a zaga com Wagner Leonardo. As outras alterações foram feitas apenas perto do fim, com as entradas de Raniel e Ivonei.

João Paulo em ação contra o Libertad — Foto: Staff Images/Conmebol

João Paulo em ação contra o Libertad — Foto: Staff Images/Conmebol

O que manteve o Santos no jogo nesta quinta-feira foi a postura da equipe dentro de campo. Apesar do futebol longe de ser vistoso, o Peixe conseguiu resistir a uma possível pressão do Libertad, que tinha um a mais, e ainda explorou contra-ataques.

O Santos também teve de lidar com uma noite pouco inspirada de Marcos Guilherme, compensada pelas felizes jogadas de Lucas Braga pela esquerda. Em uma delas, inclusive, saiu o segundo gol do Peixe.

Independentemente de um futebol pouco vistoso no segundo tempo, o Santos mostrou competitividade e opções interessantes para vencer o Libertad. Vai para o Paraguai com a vantagem do empate.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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