A briga depois do apito final do empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, foi uma mostra – infeliz, é verdade – de que o Palmeiras, diferentemente
Redação Publicado em 27/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h07
A briga depois do apito final do empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, foi uma mostra – infeliz, é verdade – de que o Palmeiras, diferentemente de outras edições, como a de 2016, sentiu a eliminação na Copa do Brasil. Uma queda frustrante para quem, em mais dois jogos, poderia ser campeão e faturar o cobiçado prêmio de R$ 50 milhões.
Uma queda que também expôs um ponto fraco do time treinado por Luiz Felipe Scolari. Se vinha sendo elogiado por brigar pelas três (agora duas) competições em disputa, seu Palmeiras também carrega um defeito: quando sai atrás no placar, como ocorreu na última quarta-feira, consegue no máximo o empate.
Nas quatro partidas em que o adversário abriu vantagem, duas delas nestas semifinais contra o Cruzeiro, o Palmeiras teve duas derrotas e dois empates. Ou seja: nunca conseguiu uma virada.
Fica evidente, portanto, a dificuldade de conseguir encontrar espaços e vazar equipes que praticamente se limitam a defender. Depois de descer ao intervalo perdendo por 1 a 0 no Mineirão, Felipão tentou encontrar esses espaços substituindo o volante Bruno Henrique por Guerra, mas o meia venezuelano foi um dos piores em campo.
– Temos que fazer alguma correção em alguns detalhes, porque perdemos em erros que não aconteceram em alguns jogos. Temos que estudar, trabalhar e continuar nas competições em que estamos – reconheceu o treinador.
Mas a eliminação, por mais frustrante que seja para o torcedor e para o elenco, no fim pode ser benéfica ao Palmeiras, vice-líder do Campeonato Brasileiro e com classificação encaminhada à semifinal da Libertadores. As semanas de 10 e 17 de outubro serão cheias, com mais tempo de treino e descanso para os jogadores.
Veja a entrevista de Luiz Felipe Scolari após a eliminação na semifinal da Copa do Brasil
Aqueles que estavam sendo poupados para os torneios mata-mata deverão atuar mais na competição por pontos corridos. Ou seja: o Brasileirão, até então tratado com menos prioridade do que a Copa do Brasil, volta a receber grande importância, e num momento em que a distância para a liderança é de apenas um ponto.
O cenário é um pouco diferente do vivido em 2016, quando o Palmeiras caiu para o Grêmio atuando com reservas na Copa do Brasil, a fim de priorizar a disputa pelo título brasileiro, que acabou de fato sendo ganho. Desta vez, a queda frustra. Só que pode servir ao mesmo propósito: abrir caminho para outras eventuais conquistas.
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