A despedida foi numa manhã de quarta. A volta, na tarde de uma quinta-feira. O intervalo entre a saída e o retorno de Hélio dos Anjos ao Náutico, na verdade,
Redação Publicado em 24/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 17h54
A despedida foi numa manhã de quarta. A volta, na tarde de uma quinta-feira. O intervalo entre a saída e o retorno de Hélio dos Anjos ao Náutico, na verdade, durou mais de um dia. Foram 35, exatamente, do 18 de agosto ao 23 de setembro de 2021. Para a realidade do futebol, contudo, a impressão é de que foi algo rápido, do dia para a noite.
Sair e voltar ao comando de uma equipe pouco tempo depois é algo inesperado, mas que acontece. O ge lembra alguns desses episódios, a começar por aquele que pode ter sido o mais breve adeus de todos. Uma “saudade” que durou exatos oito dias.
A porta de General Severiano nem fechou por completo, pode-se dizer. Em 2007, Cuca saiu e voltou ao Botafogo em menos de duas semanas. Muito menos. Foram apenas oito dias longe da prancheta alvinegra.
Cuca – Botafogo – 8 dias
Cuca no Botafogo, em 2007 — Foto: Arquivo/ge
O técnico deixou o comando do Botafogo em 28 de setembro, um dia após a eliminação do clube da Copa Sul-Americana diante do River Plate, em Buenos Aires. No mesmo dia, a diretoria anunciou o seu substituto: Márcio Sérgio.
O novo treinador, contudo, não durou muito. Após uma maratona de três jogos e três derrotas – para Goiás, Atlético-PR e Santos, pela Série A -, entregou o cargo. No dia 7 de outubro, um domingo, o retorno de Cuca foi anunciado.
Hélio dos Anjos – Náutico – 35 dias
É o episódio mais recente. Hélio dos Anjos deixou o Náutico no dia seguinte à derrota para o Cruzeiro no dia 17 de agosto, por 1 a 0, nos Aflitos. Uma saída inesperada, por iniciativa do próprio treinador – motivada, segundo ele, pela decisão da diretoria de promover mudanças no elenco em razão do mau momento da equipe na competição.
Hélio dos Anjos durante jogo entre Náutico e Sampaio Corrêa — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press
Para o lugar de Hélio, o Náutico anunciou Marcelo Chamusca. A reação esperada, contudo, não aconteceu. Sob o comando do novo técnico, o Timbu conquistou apenas uma vitória em seis jogos e despencou na classificação. Na última quarta-feira, 22 de setembro, o treinador deixou os Aflitos.
Veio, então, a surpresa. Em meio às especulações dos possíveis substitutos, surgiu o nome de Hélio dos Anjos. Rechaçado num primeiro momento pela diretoria, o treinador ganhou força após pedido do elenco e muita conversa nos bastidores.
Na noite de quinta-feira, 23 de setembro, Hélio dos Anjos foi confirmado como o novo-velho técnico do Náutico.
Rogério Ceni – Fortaleza – 48 dias
A despedida aconteceu numa manhã de domingo. Em 11 de agosto de 2019, o técnico Rogério Ceni se despediu do elenco do Fortaleza para assumir o comando do Cruzeiro. Deixou as portas abertas pelos resultados conquistados em pouco mais de um ano e meio de trabalho – título da Série B em 2018, dois estaduais (2018 e 2019) e a Copa do Nordeste 2018.
Rogério Ceni, técnico, Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM
A passagem pelo time celeste, contudo, foi rápida. Sem resultados e com um relacionamento turbulento com os jogadores, foi demitido em 26 de setembro. Três dias depois, em 29 de setembro, o seu retorno foi anunciado pelo Fortaleza.
Foram, portanto, 48 dias distante do Tricolor do Pici.
Enderson – Ceará – 130 dias
Enderson Moreira saiu do Ceará em 1º de outubro de 2019 demitido, após uma sequência de maus resultados durante a Série A. Foi substituído por Adílson Batista, que não chegou até o fim da competição. A três rodadas do fim, o técnico foi demitido e Argel Fucks contratado para o seu lugar.
Enderson Moreira Ceará — Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo
O novo treinador livrou o Ceará da queda e iniciou a temporada seguinte no Vozão. Começou mal, contudo, e foi demitido – nos cinco primeiros jogos de 2020 foram quatro empates e uma derrota. Argel saiu e o Ceará foi atrás de Enderson, anunciado em 9 de fevereiro de 2020, exatamente 130 dias após deixar o clube.
Mozart Santos – CSA – 133 dias
O técnico deixou o CSA em 18 de abril deste ano. Saiu para assumir o comando da Chapecoense, que havia perdido o técnico Umberto Louzer para o Sport. A sua passagem pelo clube catarinense durou apenas oito jogos. Após perder o título estadual para o Avaí, foi demitido, às vésperas da estreia na Série A.
Mozart vai montar um time alternativo contra o Moto Clube — Foto: Augusto Oliveira/CSA
Pouco mais de dez dias depois, foi contratado pelo Cruzeiro, mas também não deu certo. Foram 13 jogos somente – duas vitórias, sete empates e quatro derrotas.
Mozart deixou o clube mineiro em 30 de julho, após a 15ª rodada da Série B. Na 22ª, estava de volta à competição. No comando de que time? Do CSA! Teve a sua volta anunciada no dia 30 de agosto.
Entre a data da despedida e do reencontro, foram 133 dias, pouco mais de quatro meses.
Curiosamente, neste domingo o treinador vai reencontrar o seu ex-clube mais recente. O duelo entre Cruzeiro e CSA será na Arena Independência, às 16h.
Guto Ferreira – Bahia – 209 dias
A saída de Guto Ferreira do Bahia em 2017 foi anunciada em 30 de maio.Na ocasião, o treinador deixou o Tricolor de Aço para assumir o comando do Internacional com a missão de reconduzir o clube gaúcho à Série A.
Guto Ferreira; Bahia — Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia
Guto não conseguiu o objetivo. A três rodadas do fim da Série B, quando o Inter zerou a chance de acesso, o técnico foi demitido.
Livre no mercado, o treinador voltou para a sua antiga casa em 26 de dezembro de 2017, para iniciar a temporada seguinte. Foram exatos 209 dias longe da Bahia, portanto.
Leonardo Jardim – Monaco – 105 dias
Ver um técnico sair e voltar ao mesmo time em pouco tempo não é algo que só acontece no Brasil. Entre os exemplos do futebol estrangeiro está o de Leonardo Jardim, do Monaco. em 2018, o treinador português foi demitido do Monaco após quatro temporadas – o time ocupava a zona de rebaixamento do Campeonato Francês.
Leonardo Jardim, técnico do Monaco — Foto: Reuters
O escolhido para assumir e tentar salvar o time foi o ex-atacante Thierry Henry, que possui uma identificação com o clube – foi revelado na base do clube.
Henry não conseguiu fazer o time reagir e foi demitido da equipe no final de janeiro – deixou o Monaco no mesmo lugar em que encontrou, na zona de rebaixamento. O clube tentou então uma última cartada: no dia 25 de janeiro de 2019, anunciou a volta de Leonardo Jardim.
O treinador ficou 105 dias fora do clube francês.Em tempo: o Monaco escapou da queda – terminou o campeonato na 17ª colocação, a primeira fora da zona de rebaixamento.
Zidane – Real Madrid – 283 dias
O francês também retornou ao comando do mesmo time menos de um ano após a sua saída. Em 31 de maio de 2018, o treinador se despediu do clube – cinco dias após conquistar a Liga dos Campeões pela terceira vez seguida.
Zidane lamenta o gol sofrido pelo Real Madrid diante do Sevilla — Foto: Reuters
O adeus no fim da temporada 2018-19 se transformou em “voltei” pouco mais de nove meses depois. Em 11 de março de 2019, Zidane voltou ao Real após a eliminação da equipe da Champions.
Foram, exatamente, 283 dias longe do comando Merengue.
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Globo Esporte
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