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Cinema

Família confirma morte do cineasta francês Jean-Luc Godard e conta como ele morreu

O pioneiro da Nouvelle Vague faleceu aos 91 anos

Morre aos 91 anos o cineasta francês Jean-Luc Godard - Imagem: reprodução Instagram @allocine
Morre aos 91 anos o cineasta francês Jean-Luc Godard - Imagem: reprodução Instagram @allocine

Bianca Souza Publicado em 13/09/2022, às 09h12


O famoso cineasta francês Jean-Luc Godard morreu nesta terça-feira (13). Godard tinha 91 anos e, segundo sua esposa Anne-Marie Mieville, morreu em casa.

“Jean-Luc Godard morreu pacificamente em casa, cercado por entes queridos”, confirmou a esposa em comunicado enviado à imprensa francesa, sem divulgar a causa da morte.

O cineasta foi o pioneiro em um dos movimentos mais importantes do cinema mundial, a Nouvelle Vague. O movimento foi criado na França no final dos anos 1950 e levou novos paradigmas de estética para produções cinematográficas.

As principais características estéticas do movimento que influenciou diretores ao longo dos anos, são os cortes bruscos, câmeras em mãos e diálogos existenciais.

Polêmico, criativo e genial foram alguns dos adjetivos que definiam Jean-Luc Godard, que  durante seus 70 anos de carreira realizou mais de 40 longa-metragens. O cineasta também produziu curta-metragens, documentários, vídeos de músicas e ensaios cinematográficos.

A influência de Godard também chegou à música brasileira, através da menção na icônica composição “Eduardo e Mônica”, do Legião Urbana. “Eduardo e Mônica trocaram telefone, depois telefonaram e decidiram se encontrar. O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Mônica queria ver um filme do Godard".

Emmanuel Macron, presidente da França, se pronunciou a respeito da morte do cineasta. “Jean Luc-Godard foi o mais iconoclasta dos cineastas da Nouvelle Vague. Ele inventou uma arte decididamente moderna e intensamente livre. Perdemos um tesouro nacional e um gênio", declarou.

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Com 70 anos de carreira Godard nos deixou obras icônicas / Imagem: reprodução Instagram @moremovies

Obras

Seus maiores destaques são "Acossado" (1960) e "O desprezo" (1963), estrelado por Brigitte Bardot.

Godard também foi responsável por filmes como "Viver a Vida" (1962), "Alphaville" e "O Demônio das Onze Horas", ambos de 1965, "Week-End à Francesa" (1967), "Carmen" (1983), "Eu Vos Saúdo Maria" (1985) e "Adeus à Linguagem" (2014).

Inicialmente Godard atuava como crítico de cinema, mas depois passou a produzir filmes e documentários.

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