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Leitor do Diário de S.Paulo completa 80 anos e família relembra sua participação especial na edição de 1954

A história do Sr. Newton chegou até o DSP após seu neto decidir que gostaria de fazer uma surpresa de aniversário ao avô

A história do Sr. Newton chegou até o DSP após seu neto decidir que gostaria de fazer uma surpresa de aniversário ao avô - Imagem: reprodução arquivo pessoal
A história do Sr. Newton chegou até o DSP após seu neto decidir que gostaria de fazer uma surpresa de aniversário ao avô - Imagem: reprodução arquivo pessoal

Vitória Tedeschi Publicado em 10/05/2023, às 08h00


Desde o seu surgimento, em 1929, o Diário de S.Paulo, que até 2001 chamou-se Diário Popular, já contou diversas histórias e participou da vida de incontáveis pessoas que o tinham como parte de suas rotinas, todos os dias, com informações sobre os acontecimentos mais importantes de São Paulo e do mundo.

Assim como o DSP marcou a rotina dos paulistanos ao longo de todos esses anos até hoje, é muito importante lembrar que diversas pessoas também fizeram parte da construção dessa história. O Sr. Newton Alonso Costa é uma delas.

Aposentado, que completa 80 anos esta semana, Newton apareceu na edição do jornal do dia 25 de agosto de 1954, que falava sobre o suicídio do então presidente da república, Getúlio Vargas, que havia acontecido no dia anterior, com a icônica fotografia de quando tinha apenas 11 anos lendo ao Diário (veja na imagem em destaque).

Hoje, 69 anos depois, Newton, que nasceu em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, mas atualmente mora em Peruíbe, no litoral sul de SP, continua tendo contato com o jornal e relembra de onde surgiu a sua relação com as notícias e, em especial, com o Diário de S.Paulo.

A minha relação [com o Diário de S.Paulo] vem desde quando eu era criança quando meu pai assinava o DSP e peguei interesse pelas matérias e comecei a consumi-las também. Quanto adulto, passei a assinar o conteúdo do DSP e mantive o hábito desde então", conta ele.

Newton conta que, atualmente, já acompanha mais o jornal digital do que a versão impressa lendo as notícias pela internet, através do site do DSP e das redes sociais (Instagram, Twitter e Facebook).

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Mesmo depois de tantos anos, Newton continua acompanhando o jornal todos os dias / Imagem: reprodução arquivo pessoal

O Diário de S.Paulo, que deu seus primeiros passos e surgiu em uma época em que apenas existiam jornais impressos, hoje em dia tem uma presença cada vez maior no mundo online, onde é possível atingir não só quem está em São Paulo, mas no mundo todo.

"Eu enxergo que o jornal evoluiu acompanhando o mercado de notícias e do entretenimento", avalia o aposentado sobre a expansão do jornal conhecido por ele em sua "forma original".

Newton define o Diário de S.Paulo como uma "fonte de notícias e artigos interessantes" e, muito além de uma simples fonte de informações, para ele, o DSP "é uma grande nostalgia e uma grata lembrança da minha infância".

De neto para avô

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Newton e Lucas moraram juntos por cerca de 10 anos e construíram uma relação muito forte / Imagem: reprodução arquivo pessoal

Uma data marcante e que merece celebração, pede uma homenagem à altura. É o que acredita Lucas Gomes, de 24 anos, neto do Sr. Newton, que resolveu presentear o avô com nada menos do que uma matéria do Diário de S.Paulo.

Lucas entrou em contato com a nossa redação, contando sua história, e revelou que a ideia surgiu após seu avô encontrar a foto de quando tinha apenas 11 anos lendo o jornal, que guardou com carinho.

"Anos depois, eu lembrei da foto, e como ele estava prestes a fazer 80 anos, isso foi a chavinha pra eu correr atrás do jornal para, de alguma forma, fazer essa parceria entre a história do jornal com meu avô. Para mim, um presente desses é muito mais valioso do que qualquer outro que o dinheiro possa comprar", conta Lucas.

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Sempre antenado, Newton é o típico avô que sempre sabe das notícias antes de todos / Imagem: reprodução arquivo pessoal

O singelo presente é uma maneira de Lucas homenagear e agradecer ao avô, que é como um pai para ele, e sempre foi um símbolo de conhecimento, não apenas por ser um consumidor de notícias nato, mas por sua maneira de dar conselhos e cuidar da família por meio da informação.

Eu enxergo ele como um espelho e com muita admiração. É impressionante saber que um senhor de 80 anos é muito mais antenado que eu. Ele, literalmente, dorme com o fone de ouvido ligado - ouvindo rádio - e compartilha as notícias com a família, sempre nos alertando sobre os perigos do dia a dia. E essa é a influência positiva que vejo nessa relação dele com o jornal", afirma.

Lucas ainda conta que, apesar de não consumir tantas notícias como o avô, se sente tranquilo pois sabe que "se tiver algo importantíssimo, sem dúvidas, virá uma notificação ou ligação dele para me avisar", a pessoa que é seu maior exemplo de sabedoria e admiração.

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